ATOR LAUANDE AIRES LANÇA O LIVRO ENTRE O CHÃO E O TABLADO

Mais uma vez o Coroadinho mostra que tem coisas positivas a oferecer a cidade de São Luís, diferente daquilo que se costuma ouvir no cotidiano e que termina servindo de conceito para se fazer referência ao bairro. Esta noite esta comunidade contribui para o enriquecimento da produção Teatral do Maranhão, pois, o filho deste bairro, Lauande Aires, 33 anos, ator, dramaturgo, compositor e diretor teatral, que atua profissionalmente desde 1999. Esse artista lança às 18h30, na Galeria de Arte do Sesc, o livro Entre o Chão e o Tablado, Lauande faz parte de uma nova geração de artistas que tem contribuído para levar a arte maranhense a ser reconhecida pelo país afora, sua participação em festivais fora de nossa cidade tem contribuído bastante para que ele seja considerado atualmente um dos nomes mais importantes desta nova geração.

Ator Lauande Aires

O livro Entre o Chão e o Tablado inauguram um novo momento de participação cultural do estado no cenário nacional, que inclui — além da recepção —, a apresentação e premiação de espetáculos e companhias. Segundo Lauande “este é o momento o momento em que ele têm a oportunidade de dialogar com a produção teatral brasileira e participar de novas construções estéticas e políticas em favor da arte”.

Entre o Chão e o Tablado se propõe a ser um marco na literatura sobre essa temática, pois em virtude da falta de programas de incentivo para a publicação de textos teatrais muitos autores acabam enveredando por outros estilos literários, ou, na melhor das hipóteses, entregam seus textos ao deleite das traças que habitam as suas gavetas.

Material de divulgação do lançamento do livro

Integrante da Santa Ignorância Cia de Artes, presente no cenário cultural desde 1997, Lauande Aires torna público e acessível quatro textos entre os mais importantes que já foram montados e criados além da narrativa dos processos de criação e circunstâncias das montagens. Entre o Chão e o Tablado é parte das celebrações de quinze anos da companhia que tem como um dos seus princípios artísticos a valorização da dramaturgia produzida no Maranhão e a montagem de textos de seus colaboradores.  

Entre os meses de julho e agosto, o livro Entre o Chão e o Tablado: a invenção de um dramaturgo teve a oportunidade de ser lançado em Macapá, Manaus, Rio Branco, Porto Velho, Belém, por ocasião do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz e projeto de circulação Teatro nos Passos do Boi: no miolo da Floresta, constituindo-se em importante instrumento de divulgação de nossa produção artística. 

Lauande Aires iniciou sua vida no teatro aos 15 anos de idade, com teatro popular na Igreja católica, ao longo dos seus 18 anos de atividade artística assumiu a direção do teatro Alcione Nazareth de 2007 a 2009, foi um dos organizadores da Semana de Teatro no Maranhão de 2007 a 2011, os principais espetáculos que participou: Viva El Rei Dom Sebastião com texto e direção de Tácito Borralho (1999), Fuenteovejuna de Lope De Vega e direção de Tácito Borralho (2000), O Santo Inquérito de Dias Gomes e direção de Gilberto Goiabeira (2001), O Casamento de Dona Baratinha com CIA. Sonia de Paula RJ (2004) e A Carroça é Nossa! Com o grupo Xama Teatro (2009/2010). Escreveu e atuou nos espetáculos O Casamento Medieval (2001), A Endogenia do Coco, (2002), O Besouro e o Gafanhoto (2004), Guardiões da Natureza (2005) Balaco Baco e Natal dos Pequeninos (espetáculo infantil montado por três companhias de teatro de São Luís de 2006 a 2010).

Foi compositor e diretor musical dos espetáculos A Receita (2000), Quem Roubou o meu Futuro (2002), e O Cavalo Transparente (2007 a 2009) espetáculo que lhe rendeu premiação de melhor ator e melhor trilha sonora no Premio Sated MA 2009. Em 2010 estreou O Miolo da Estória (prêmios de Melhor espetáculo, melhor iluminação, melhor sonoplastia e melhor cenografia no XVIII Festival de Monólogos Teresina – PI 2011) e foi autor, ator e diretor de elenco da Radionovela “Dom Cosme: O Tutor das Liberdades” (prêmio Roquete Pinto 2010). Em 2011 dirige O Crime da Baronesa e O Assassinato de Charllene (resultado do prêmio Microprojetos da Amazônia legal 2010).