terça-feira, 1 de março de 2016

TV DIFUSORA É VENDIDA PARA RATINHO

É fato que o apresentador e empresário Carlos Massa, o Ratinho, está cada vez mais decidido a investir em grupos de comunicação em todo o Brasil, principalmente no Nordeste, mas sem descartar outras regiões.

Vendo a possibilidade, Carlos Massa negociou e em menos de um mês, fechou a compra da TV Difusora, afiliada do SBT no estado do Maranhão, e que pertence ao ex-ministro de Minas e Energia, Edson Lobão.

A compra ainda precisa ser aprovada, porém, dentro da emissora, o novo destino já é sabido. A animação é evidente, já que Ratinho investiu bastante dinheiro na Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná, e tem obtido bons resultados de audiência e faturamento.

Ele chegou a negociar a compra da TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas Gerais. Segundo informações obtidas com exclusividade pelo NaTelinha, em consulta, Ratinho ficou um pouco ressabiado com as dívidas da TV e do Grupo Diários Associados, e acabou desistindo do negócio. O apresentador do SBT gostaria de uma TV limpa de dívidas trabalhistas para poder investir capital.

Atualmente, a Rede Massa tem sido vice-líder na Grande Curitiba com vários de seus programas locais. Recentemente, contratou os âncoras da RPCTV, afiliada da Globo no estado, e os colocou no seu jornal de horário nobre, o “SBT Paraná”. 

(Fonte: audiencia rbc)

Após o fim do governo de Roseana Sarney e do surgimento do nome do senador Lobão no escândalo da Lava Jato, a emissora começou a passar por uma situação financeira complicada.

Hoje, grande parte da programação da emissora é terceirizada, arrendada. A exceção fica por conta da programação jornalística. No entanto, o faturamento já não estaria sendo suficiente para cobrir as despesas ou mesmo para apresentar uma margem de lucro significativa. É o que comentam pessoas que têm acesso à emissora.

O valor de mercado da TV Difusora de São Luís giraria em torno de R$ 50 milhões.

No fim de 2014 e ao longo do ano de 2015, a TV Difusora promoveu uma série de demissões em várias áreas, e mais de 200 funcionários ficaram desempregados.

Como resultado, vários programas acabaram sendo tirados do ar, e os telejornais, também afetados pela redução no número de repórteres, passaram a ter maior participação das emissoras do interior no seu conteúdo.

A emissora entrou em uma crise financeira e arrendou parte da sua grade para programas independentes nas manhãs de sábado, além de reduzir a duração dos programas locais do meio-dia para a inserção de um game de perguntas e respostas da G2P TV, deixando clara para os telespectadores e para a imprensa local a gravidade da situação.

Em 12 de janeiro de 2016, o colunista da revista Época, Leandro Loyola, publicou uma nota informando que a TV Difusora estaria sendo colocada à venda por Edinho Lobão. Ele afirmou que o negócio estaria envolvendo apenas a TV Difusora São Luís, com os outros veículos do Sistema Difusora de Comunicação ficando fora de uma possível transação.

A primeira TV do Maranhão

A TV Difusora, pioneira do estado do Maranhão, foi criada em 29 de novembro de 1962, quando os irmãos Magno Bacelar e Raimundo Bacelar (na época donos da Rádio Difusora AM) registraram a razão social da emissora e receberam sua outorga.

Após um ano de preparativos, entrou no ar no dia 9 de novembro de 1963 pelo canal 4 VH. A inauguração da emissora ocorreu às 20h, e contava com a presença do Ministro da Justiça do governo de João Goulart, Abelardo Jurema, dos governadores Newton Bello (Maranhão), Miguel Arraes (Pernambuco) e Petrônio Portela (Piauí), do prefeito de São Luís, Costa Rodrigues, de representantes da embaixada dos Estados Unidos e também do monsenhor Osmar Palhano de Jesus, que batizou os transmissores da emissora. A TV Difusora estava instalada no 9º andar do Edifício João Goulart, no Centro de São Luís.

Em 1965, a TV Difusora passou a exibir programas produzidos pelas Emissoras Unidas e pela Rede Tupi, que eram trazidos de avião de São Paulo até São Luís, em malotes. Isso gerava um atraso de 2 a 3 dias entre a exibição original no sudeste do país até serem trazidos para a capital maranhense.

Em 1988, a TV e os outros meios de comunicação do Sistema Difusora de Comunicação foram vendidos por Magno Bacelar para o governador Epitácio Cafeteira, em função do golpe midiático dado por José Sarney para que Bacelar perdesse as eleições para senador e vendesse seus meios de comunicação aos seus aliados, além de estar enfrentando uma grave crise financeira.

Já ano seguinte, Cafeteira vendeu novamente a emissora, desta vez para o ex-deputado e jornalista Edison Lobão, que colocou nas mãos de seu filho, Edinho Lobão, e os irmãos Márcio Lobão e Luciano Lobão, a administração do Sistema Difusora de Comunicação, e consequentemente, da TV Difusora.

Em 1º de fevereiro de 1991, já sob o comando da família Lobão, a TV Difusora e a TV Mirante trocam de afiliação, com a TV Mirante passando a ser afiliada à Rede Globo e a TV Difusora ao SBT, nas quais ambas estão até hoje. O acordo entre as duas emissoras inicialmente definiu renovação com cada rede de seis em seis anos. Para a TV Difusora, era o fim de quase 23 anos de parceria com a Globo, e para a TV Mirante, era o início do seu crescimento. Com a troca, a TV Difusora tem uma grande queda nos índices de audiência e também na qualidade da programação, que até então seguia rigidamente o “Padrão Globo de Qualidade” e acaba dando lugar ao estilo “popularesco” do SBT, somando-se a isso também as reclamações dos telespectadores da emissora.

No decorrer da década de 1990, o Ministério das Comunicações aprova a criação de novas emissoras de TV no interior do Maranhão. Com isso, em 1997, o Sistema Difusora de Comunicação cria a Rede Difusora, gerando através do “Difu Sat” (sinal de satélite da emissora no Brasil Sat) sua programação para todo o estado, e consequentemente substituindo os enlaces de microondas por retransmissoras.

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