sábado, 20 de abril de 2013

ACONTECE HOJE A 1º CAMINHADA DAS MULHERES LUTANDO PELA PAZ

Envolver a sociedade em uma ampla discussão sobre o combate e a prevenção da violência contra a mulher é o objetivo da “1ª Caminhada Mulheres Lutando pela Paz” que será realizada hoje (20), às 15h no Pólo Coroadinho. A caminhada terá concentração na União de Moradores do Bairro do Bom Jesus e no Viva do Alto São Sebastião, num trajeto que percorrerá várias ruas da área.

A mobilização contará com a presença de lideranças e entidades comunitárias e com vários representantes da comunidade. A Caminhada tem o objetivo de sensibilizar a sociedade e cobrar dos órgãos públicos ações concretas para o combate da violência doméstica, chamando atenção para a falta de estrutura no atendimento de mulheres agredidas.
 
Além de fomentar a cultura de Paz para as mulheres, a Caminhada será um momento oportuno para cobrar, também, das autoridades solução para os casos ocorridos nos últimos dias. Um 'apitaço' e também um 'panelaço' está programado para acontecer como forma de chamar a atenção da comunidade.
 
 
O número de denúncias de casos de violência contra mulher em São Luís dobrou nos últimos dois anos. No ano passado foram atendidos 262 telefonemas pelo Núcleo de Violência Doméstica do Disque Denúncia no Maranhão (3223-5800) e no ano anterior foram registrados 131 ligações. Os dados são dos relatórios do ano passado divulgado recentemente pela organização. Este ano já foram relatados 40 casos de ataques às mulheres. A pesquisa ainda mostra quais são os bairros de onde mais saem denúncias de casos de violência contra a mulher. São eles Cidade Operária (30%), Anjo da Guarda (16%), Cidade Olímpica (14%), Centro (11%), Turú (9%) e outros (20%).
 
Em todo o estado, houve um aumento de 111% no número de denúncias de casos de violência contra a mulher no Maranhão em 2012. Foram registradas 520 ligações passando informações sobre esses casos no ano passado, enquanto em 2011 o Núcleo de Violência Doméstica do Disque Denúncia registrou apenas 246 denúncias do tipo. Desde 2008, cerca de 1.120 denúncias sobre violência contra mulher foram registradas em todo o estado.
 
Desde a promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, o número de agressões contra mulheres relatadas ao governo federal por meio do serviço Ligue 180 cresceu 600%. A maioria dos casos descritos (57%) envolve agressões físicas.
 
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Segundo dados da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, o serviço de atendimento telefônico que oferece orientações para as mulheres vítimas de violência fechou o ano de 2012 com 88.685 relatos de agressão – contra 12.664 há seis anos.
 
Segundo a pasta, a elevação no número de relatos não significa necessariamente um crescimento real dos casos de violência, mas um aumento das notificações – na medida em que mais mulheres estariam se sentindo seguras para procurar ajuda.
 
Os dados foram contabilizados a partir das ligações feitas ao número 180, um serviço gratuito focado na orientação das mulheres vítimas de abusos e seu encaminhamento para órgãos da polícia, da Justiça e demais serviços de enfrentamento da violência contra a mulher, como centros especializados e casas abrigo.
Em primeiro lugar no ranking das agressões relatadas ao serviço em 2012 está a violência física contra a mulher, com 50.236 casos – o que representa elevação de 433% em relação ao ano de 2006.
 
Logo abaixo no ranking vêm a violência psicológica (24.477 casos) e a violência moral .
 
O número de relatos de violência apontados através das ligações para o 180 é hoje uma das únicas formas para se tentar dimensionar o número de agressões a mulheres nacionalmente – pois não há uma contagem oficial e integrada de casos na área da segurança pública. Essa é uma das principais críticas feitas pela ONU ao Brasil na questão da violência contra a mulher. 

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