quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CONSELHOS TUTELARES DE SÃO LUÍS APRESENTAM NÚMEROS DE CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Quase mil casos de violação dos direitos de crianças e adolescentes foram registrados em São Luís este ano nos Conselhos Tutelares (CTs) localizados na área Itaqui-Bacanga, Cidade Operária e São Cristóvão/São Raimundo, que recebem maior número de denúncias.
 
 
No total, os três conselhos atenderam a 994 casos de violência contra crianças e adolescentes. De janeiro a outubro, o CT da área Itaqui-Bacanga registrou 659 casos de violência dessa natureza. Já o levantamento do CT da Cidade Operária, que foi feito de janeiro a setembro, apontou 148 ocorrências do tipo. E o CT São Cristóvão/São Raimundo, que tem levantamento feito até o mês de agosto, registrou 187 casos de violação dos direitos.
 
Na área Itaqui-Bacanga, que tem abrangência em mais de 50 bairros e já acompanhou 842 crianças e adolescentes este ano, o número de queixas e denúncias recebido é grande. Além dos principais tipos de violência praticados contra crianças e adolescentes, que são física, psicológica e sexual, também são feitos muitos atendimentos relacionados a tortura, discriminação, racismo, cárcere privado e outras situações.
 
De acordo com Luziano Campos, conselheiro e coordenador do CT Itaqui-Bacanga, um único indivíduo assistido enfrenta vários tipos de violência e falta de assistência dos pais. “Quando uma criança ou adolescente sofre violência física, ela também sofre a psicológica. Nesse mesmo caso, ela pode ter sofrido com a negligência dos responsáveis, que não deram alimentação ou higiene ou não a matricularam na escola”, explicou.
 
No Conselho Tutelar da Cidade Operária (Área III), as denúncias de abuso sexual são as que contabilizam o maior número, segundo a conselheira Rosângela Santos Dias. Em quase três anos de trabalho no local, ela acompanhou 32 casos do tipo. Na maioria deles, o abusador era um familiar e mais de uma criança da mesma família era abusada.
 
“Esse é um número muito grande. Acredito que se deve não só ao fato de terem acontecido mais casos, mas também à ampla divulgação que temos feito. As pessoas têm nos procurados mais para denunciar também casos de maus tratos em que os pais são dependentes químicos e por isso são negligentes com os filhos”, afirmou Rosângela Santos Dias.

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