quinta-feira, 30 de outubro de 2014

PROCUDORIA MOVE AÇÃO CONTRA RELIGIOSOS QUE PEDIRAM VOTOS PARA POLITICOS NA IGREJA UNIVERSAL

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) moveu ação, nesta quinta-feira, contra dois políticos e contra religiosos que utilizaram igrejas com fins eleitoreiros. Um dos processos traz como réus os bispos Daniel Santos e Júnior Reis, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), acusados de abuso de poder econômico por usar os templos de Del Castilho e Nova Iguaçu para pedir votos para Marcelo Crivella (PRB) e outros candidatos, conforme revelou O GLOBO.

A PRE esclareceu que Crivella não foi enquadrado na ação porque a partir prova disponível, um vídeo feito pela reportagem do GLOBO, não fica comprovada a participação do candidato na irregularidade, ou seja, o pastor pode ter pedido votos à revelia do senador.

Já no outro processo, no qual a procuradoria pede a cassação dos diplomas e a inelegibilidade do deputado federal reeleito Francisco Floriano (PR) e do deputado estadual eleito Milton Rangel (PSD), também por utilização ilegal de templos religiosos, ficou provada a participação dos políticos, uma vez que foi apreendido material de campanha dos candidatos no interior da igreja Mundial do Poder de Deus. Além dos dois, o pastor Léo, da mesma denominação, também é citado na ação. De acordo com a procuradoria, os réus serão julgados por tentarem captar votos em celebrações religiosas.

“Em uma democracia a liberdade religiosa é plena, o que é inadmissível é a transformação de templos religiosos em comitês eleitorais”, afirmou o Procurador Regional Eleitoral por meio de nota.
Até o fim da eleição, a procuradoria moveu 580 representações por propaganda irregular e 20 ações de investigação judicial. Segundo o órgão, os processos foram baseados em relatórios da fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral, além de denúncias recebidas pela própria procuradoria. O procurador esclarece que o número de ações pode parecer pequeno em relação à quantidade de documentos enviados pela fiscalização (cerca de 800) porque “muitos dos relatórios se referiam ao mesmo ilícito, por isso foram reunidos em uma mesma ação".

Fonte: O Globo

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