segunda-feira, 28 de novembro de 2016

AÇÃO SOCIAL NO COROADINHO MARCARÁ ENCERRAMENTO DO 1º ANO DO ‘PACTO PELA PAZ’

Apontado pelo último censo realizado pelo Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE) como a quarta maior favela do país e a primeira do Norte e Nordeste, o Coroadinho carrega em sua história a dura marca de ser um bairro marcado pela criminalidade durante anos, mas esta imagem vem sendo mudada gradativamente por meio de ações das forças estaduais de segurança.

Boa parte dessas ações são desenvolvidas pelo ‘Pacto pela Paz’ força tarefa que realiza trabalho preventivo na área de segurança pública e direitos humanos na capital e no interior do estado desde dezembro de 2015 – por meio da prevenção e repressão de atos criminosos nas quatro regiões da capital maranhense e nos dezoito polos espalhados pelo interior do estado.

O Coroadinho, bairro escolhido para sediar a primeira ação social do Pacto, abriga mais de 50 mil pessoas e figura entre os 28 Conselhos Comunitários pela Paz mais atuantes da região metropolitana de São Luís.

Jovens do Coroadinho participam de curso de informática oportunizado pelo Estado e Senai, além de palestras sobre a cultura de paz. Foto: Divulgação

O coordenador-executivo do Pacto pela Paz, delegado Enoque Lemos, explica que as ações sociais estão previstas para acontecer em todas as regiões da capital. “Estamos levantando as necessidades das comunidades junto aos nossos conselheiros. Para esta primeira ação no Coroadinho, por exemplo, contamos com a parceria da Cruz Vermelha, Faculdade Estácio de Sá, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Secretaria Estadual de Saúde e Policia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros, todos unidos em prol da população do Coroadinho”.

Entre os serviços oferecidos durante ação estarão acesso gratuito a consultas jurídica, serviço social, orientação psicológica, atendimento médico e odontológico, noções de primeiros socorros e segurança doméstica, cabelereiro, minicursos de iniciação profissional, mediação de conflitos, emissão de documento de identidade e atividades educativas para crianças. “A intenção é levar a polícia e todos esses parceiros para dentro da comunidade. É se tornar uma referência na resolução de problemas e ficar mais próxima da população”.

A ação está marcada para o dia 17 de dezembro, no Centro de Ensino Médio Dorilene Silva Castro, a partir das 8h.

Pacto pela Paz profissionalizante

Durante todo o ano, a coordenação do Pacto realizou uma série de ações que vão desde estabelecimento do diálogo e de relações de confiança entre as forças policiais, encarregadas pela segurança nas comunidades, e as lideranças comunitárias para identificar as melhores ações preventivas e repressivas em cada local, até a realização de cursos profissionalizantes em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Ao todo, foram realizados cursos, que juntos, beneficiaram mais de 220 pessoas de comunidades como São Raimundo e Coroadinho.

Entre as modalidades de aprendizagem estão montagem e manutenção de computadores, operador de computador, vestuário e tecido, armador de ferro, instalador hidráulico, carpinteiro de obras, pedreiro e eletricista predial e residencial.

“Nós sabemos que não basta impedir a realização de atividades criminosas, é preciso oferecer meios para que essas pessoas tenham como desenvolver uma atividade que gere renda e isso se faz oferecendo oportunidade de profissionalização, oferecendo uma outra alternativa”, fala o coordenador-executivo do Pacto pela Paz.

Conselhos Comunitários pela Paz

A grande ilha conta com 28 conselhos divididos entre as áreas norte, sul, leste e oeste da grande ilha. “O conselho da área leste, por exemplo, abrange os bairros Cidade Operaria, Maiobão e Cidade Olímpica. Já o da área sul atende toda a região da área Itaqui-Bacanga, identificando pontos críticos e apontando soluções que incluam a participação efetiva da comunidade e das forças de saúde”, explica o Delegado Enoque.

As reuniões dos conselhos são realizadas bimestralmente e envolvem cerca de sete a 25 membros, entre pessoas da comunidade, representantes das Secretarias de Segurança e Direitos Humanos, sempre discutindo as ações determinantes para cada área.

As medidas definidas nas reuniões são levadas pelos representantes da segurança e incluídas no planejamento de ações de segurança de cada área, gerando efetividade das operações de combate ao tráfico de drogas e identificação de participantes de roubos, entre outros.

Interiorização do Pacto

Segundo o coordenador-executivo do Pacto pela Paz, delegado Enoque Lemos, o pacto segue para sua segunda etapa já no início do próximo ano com a formação dos Conselhos Municipais pela Paz. “Após a formação dos conselhos comunitários na grande ilha, nós partimos para a concretização dos conselhos do interior. Já mobilizamos cidadãos de vários municípios para a formatação de, inicialmente, 18 conselhos municipais, um para cada polo do estado”, conta o delegado.

Arte do grafiteiro Bruno Galvão apresentada durante o projeto. Foto: Handson Chagas/Secap

Fonte: Gov/Ma

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