JAIR BOLSONARO E FERNANDO HADDAD DECIDIRÃO ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE NO SEGUNDO TURNO

Depois de um início de clima tenso para os petistas com a ameaça de Bolsonaro vencer no primeiro turno, às 20h50, com 95,57% das urnas apuradas, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmou que Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), disputarão o 2º turno das eleições presidenciais.

Finalizada a apuração, Jair Bolsonaro ficou com com 46,03% - 49.275.358 votos. Em 2º lugar, garantido no 2º turno, ficou o petista com 29,28% - 31.341.839 votos.

Após o anuncio do TSE, Bolsonaro, fez uma transmissão ao vivo em suas redes sociais. Ele reconheceu que teve votação menor no Nordeste e falou a esse eleitorado. "O que eu quero para o Nordeste é uma região que através do seu povo, humilde, conservador e trabalhador fique livre da mentira, fique livre da coação que sempre existe por parte do PT. (...) O outro candidato sabemos quem o cerca e com quem ele se aconselha. Não queremos a volta deste tipo de gente para ocupar o Palácio do Planalto", declarou. 

Já para o lado dos petistas, a confirmação do segundo turno fez os militantes gritarem e exaltarem cânticos na sala em que acompanham a apuração. 

No primeiro pronunciamento após a confirmação de segundo turno, o candidato Fernando Haddad (PT), em um hotel no bairro do Paraíso, em São Paulo, na presença de dezenas de apoiadores, correligionários e aliados, incluindo a candidata a vice-presidente na chapa, Manuela d'Ávila (PCdoB) e integrantes do PROS, o outro partido que compõe a coligação, afirmou haver "muita coisa em jogo" no pleito deste ano e sinalizou a busca de apoio nas próximas três semanas de campanha. "Esta eleição coloca muita coisa em jogo. O próprio pacto da Constituinte de 1988 está em jogo em função das ameaças que sofre quase diariamente", afirmou. 

O petista afirmou já ter conversado por telefone com Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede). "Tenho muita consideração por todos e a ideia é manter o diálogo aberto", disse. Segundo a assessoria do candidato, Haddad trocou telefonemas de cumprimentos com os três adversários, mas ainda não foi definida uma agenda de conversas para viabilizar o apoio deles no segundo turno.

Ciro Gomes (PDT) teve um desempenho melhor nas urnas do que apontavam as pesquisas, consolidando-se no terceiro lugar. Ficou com 12,47% dos votos válidos, totalizando - 13.344.074 votos. Em pronunciamento em Fortaleza, Ciro disse que, no segundo turno, ficará "ao lado da democracia" e lutará contra o fascismo, adiantando que a decisão para que rumo tomará no segundo turno será definido com o partido, adiando que a certeza é que não seguirão juntos com Bolsonaro. 

Votação dos demais presidenciáveis:

Geraldo Alckmin (PSDB) 4,76% - 5.096.277 votos

João Amoêdo (Novo) 2,50 % - 2.679.596 votos

Cabo Daciolo (Patriota) 1,26% - 1.348.317 Votos

Henrique Meirelles (MDB) 1,20% - 1.288.941 Votos

Marina Silva (Rede) 1,00% - 1.069.538 Votos

Alvaro Dias (Podemos) 0,80% - 859.574 Votos

Guilherme Boulos (PSOL) 0,58% - 617.115 Votos

Vera (PSTU) 0,05% - 55.759 Votos

Eymael (DC) 0,04% - 41.708 Votos

João Goulart Filho (PPL) 0,03% - 30.176 votos