terça-feira, 20 de maio de 2014

RODOVIÁRIOS ADIAM INÍCIO DA GREVE PARA A PRÓXIMA QUINTA-FEIRA

Em reunião realizada nesta terça-feira (20), a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão decidiu adiar a greve, que estava marcada para iniciar nesta quarta-feira (21), para quinta-feira (22). Porém, a novidade apenas adia a paralisação. Só mesmo uma reviravolta nas conturbadas negociações entre rodoviários e classe patronal para canelar definitivamente a greve já anunciada.


Depois de uma mais uma reunião que aconteceu na tarde de ontem (19),  na sede do Ministério Público  e que contou com representantes do Sindicato dos rodoviários, procuradoria do Trabalho, secretário titular da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) e representantes da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra)  e representantes da empresas do transporte Rodoviários, sem que houvesse um acordo, foi anunciada pelo secretário administrativo do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Isaías Castelo Branco, o inicio da greve dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus da capital, a partir das das 00h00 desta quarta-feira (21). Entre as reivindicações dos rodoviários está a exigência do reajuste de 16% no salário, além de e melhorias no plano de saúde e tíquete-alimentação.

O Município apresentou como propostas criar subsídios financeiros aos empresários do transporte coletivo, o fim da tarifa social (conhecida popularmente por domingueira), que reduz em 50% as tarifas do transporte coletivo aos domingos em São Luís, além de combate ao transporte alternativo e a fiscalização embarcada, para evitar o uso indevido de documentos que garantem a gratuidade nos coletivos.

Já a Sinfra ofereceu aos empresários a redução em 10% na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que incide sobre o óleo diesel dos ônibus. Mas os empresários – representados pelo Sindicato dos Empresários do Transporte Coletivo (SET) rejeitaram as ofertas, alegando que os benefícios não reduziriam o déficit orçamentário registrado mensalmente pelas empresas, que é de R$ 8 milhões.

Os empresários do setor que, por sua vez, alegam falência do sistema, o que os impedem de reajustar o salário. O presidente do SET, José Luiz Medeiros, por causa da realidade financeira das empresas, disse que não há possibilidade de concessão de reajustes. “Não há como. As empresas estão operando no limite das finanças e, nesse momento, mesmo com as ofertas da Sinfra e SMTT, não existe a possibilidade de aumento salarial”, disse. 

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