quinta-feira, 3 de julho de 2014

COPA 2014 - VEJA OS CONFRONTOS DAS QUARTAS DE FINAL

 Chegando às quartas de final da Copa, oito sobreviventes ainda buscam o sonho de conquistar a taça. Das oito restantes, o duelo das estatísticas separa as seleções em dois grupos: foram quatro as seleções que ganharam todas as partidas disputadas até agora: Argentina, Bélgica, Colômbia e Holanda. Além disso, quatro delas já conquistaram Mundiais, enquanto quatro ainda buscam a glória pela primeira vez. Das que almejam o título inédito, quem chegou mais perto foi a Holanda, vice em 1974, 1978 e 2010.

A geografia também promete um duelo acirrado, já que são quatro equipes latino-americanas contra quatro europeias. Ao menos uma seleção de cada será eliminada nesta fase, já que haverá França x Alemanha e Brasil x Colômbia.

Mas as curiosidades sobre os times não são a única questão. Para entender mais sobre o que, no campo, fez com que elas chegassem às quartas – todas foram campeãs de seus respectivos grupos, desde 1986, o torneio que chegou mais perto de registrar essa marca foi o de 2010, na África do Sul, com sete dos oito líderes de grupo nas quartas de final.
Conferimos mais a fundo as estatísticas do que rolou no campo. 

Veja o que os números mostras sobre as oito melhores seleçõe nesta Copa.

BRASIL X COLÔMBIA (04/07 - 17H - CASTELÃO)

As duas seleções nunca se enfrentaram na história das Copas do Mundo. E a Colômbia não vence o Brasil desde 1991, quando fez 2 a 0 na primeira fase da Copa América. Por outro lado, apesar de não perder há 11 anos, a seleção brasileira também não consegue vencer o rival destas quartas de final desde 2003, quando fez 2 a 1 em Barranquilla pelas eliminatórias sul-americanas. Dois jejuns que podem ser quebrados na sexta-feira, no Castelão, em Fortaleza. 

Na fase de grupos, o Brasil teve duas vitórias e um empate (sete gols marcados e três sofridos), enquanto a Colômbia teve três vitórias (nove gols marcados e dois sofridos). Nas oitavas, os brasileiros empataram com o Chile por 1 a 1 no tempo e se mantiveram vivos nos pênaltis. Os colombianos, por sua vez, superaram os uruguaios por 2 a 0 dentro dos 90 minutos.

BRASIL

Dono da casa e maior favorito para ficar com o título, o Brasil definitivamente não convenceu sua torcida e os críticos com as quatro atuações até o momento na competição. Depois de uma fase de grupos regular, o time de Felipão precisou dos pênaltis para superar o valente Chile nas oitavas de final. Com alguns jogadores muito abaixo do esperado (caso de Daniel Alves, Oscar e Fred, por exemplo), a única seleção pentacampeã do mundo aposta no talento de Neymar para vencer os colombianos, que são debutantes nas quartas de final. A ausência de Luiz Gustavo, suspenso por dois cartões amarelos, pode fazer a diferença no confronto.

O nervosismo em campo e as imagens do choro dos jogadores brasileiros podem se traduzir nas estatísticas também. Seleção nas quartas que mais tomou cartões até o momento (oito amarelos), a esquadra de Felipão é a que mais entrou em divididas, com 105, antecipando o combate. É também a mais desarmada, com 109, expondo uma fragilidade no meio de campo. Ainda assim, o craque da Fifa, divulgado nesta terça, é o zagueiro David Luiz – que passou a sensação colombiana James Rodríguez.

Seleção brasileira é a sobrevivente que sofreu mais faltas até agora: 72. Mesmo sendo apenas a quinta equipe em número de gols, seis das oito bolas na rede saíram de dentro da área, em chegadas que geralmente passam por Neymar. O camisa 10 e Oscar são muito visados pelos marcadores, sofrendo muitas divididas (31 e 21). Junto a Luiz Gustavo, o craque do Barcelona é caçado em campo: sofreu 14 faltas, enquanto o volante, 12. Além disso, Neymar é líder de cruzamentos certos: 37%, a mesma média do francês Valbuena.

Neymar, esperança do Brasil

COLÔMBIA:

Apontado por alguns críticos como a seleção que jogou o futebol mais bonito na competição, a Colômbia chega com 100% de aproveitamento e confiante para enfrentar os donos da casa. Os colombianos contam com o inspirado James Rodrigues, principal artilheiro da Copa com cinco gols em quatro partidas, e vem se saindo bastante seguro. Apontado pela comissão técnica como exemplo no psicológico, o jogador chega às quartas com apenas sete faltas e 24 bolas recuperadas. O time de José Pekerman eliminou o Uruguai sem muitas dificuldades pelas oitavas de final e enfrentará seu maior desafio até o momento para seguir fazendo história na atual edição do Mundial. 

Esta é a Copa em que a Colômbia realiza seu maior número de partidas na história (fará a quinta contra o Brasil), a equipe de José Pékerman fez nada menos que 11 gols e sofreu apenas dois, seus melhores números em toda a trajetória colombiana em Mundiais. Segunda seleção em número de gols e líder da Copa em saldo, o time consegue está proeza tendo feito apenas 46 chutes a gol. O foco do ataque também chama atenção: a Colômbia é a seleção com melhor média de gols por tentativas. Um gol colombiano tem saído a uma média de 4,2 chutes.

Além disso, a ausência de Falcão García parece mesmo ter sido superada – com tranquilidade – por conta da figura de James Rodríguez. O versátil atacante foi o craque da Copa na fase de grupos apontado pela Fifa, artilheiro e eleito homem do jogo em três das quatro partidas que disputou. Mas não existe apenas James, Cuadrado é o líder disparado de assistências, com quatro.


James Rodrigues, principal artilheiro da Copa

FRANÇA X ALEMANHA - (04/07 - 13H - MARACANÃ)

Franceses e alemães farão aquela que é considerada a melhor partida das quartas, uma espécie de reedição da semifinal de 1982.

As duas equipes tem números muito parecidos no Mundial. Na fase de grupos são duas vitórias e um empate para cada, com os franceses marcando oito e os alemães sete. Ambos sofreram apenas dois gols na primeira fase. Já nas oitavas, os franceses bateram os nigerianos por 2 a 0 ainda no tempo normal e os alemães suaram para vencer os argelinos por 2 a 1.
  
FRANÇA

Mesmo sem Franck Ribéry, cortado dias antes do início do Mundial, a França parece ter encontrado bem seus espaços principalmente pelas pontas, Com currículo mais modesto e sem grandes nomes, a França chega vem mais confiante para o confronto. Liderados por Benzema, que já anotou três gols nesta atuação edição, os Blues esperam se aproveitar do menor desgaste físico para seguir em busca do bicampeonato. O bom desempenho no ataque francês tem chamado a atenção, mas como “bola na trave não altera o placar”, já se sabe um problema: a França acertou o poste nada menos que cinco vezes.

Benzema, carrega o peso de substituir Ribéry

ALEMANHA

Tida como uma das principais favoritas para a conquista do título, a Alemanha passou longe de encantar o mundo com o futebol jogado até o momento. Os comandados de Joachim Low confirmaram a classificação apenas na última rodada da fase de grupos e precisaram de prorrogação para bater a Argélia. Com grandes nomes como Schweinsteiger, Muller, Nuer e Ozil, os alemães esperam chegar a sua 13ª semifinal na história dos Mundiais.

Quem acha que a Alemanha ainda deve ser vista como uma seleção de brucutus está enganado: o time de Joachim Löw levou apenas dois cartões amarelos (Höwedes e Lahm) e nenhum vermelho, até o momento. Equipe restante com menor número de faltas cometidas (39, contra 43 da Argentina) As estatísticas mostram o espírito de equipe dos alemães: sem cair no individualismo, a Alemanha é a líder de passes (3060, com 2560 completos: 84% de acerto). As trocas de passes – a maior parte saindo de Kroos e Lahm – geralmente chegam a Thomas Müller, que fez quatro dos oito gols germânicos. Apesar disso, o atacante não atua como centroavante de ofício, optando por abrir o jogo e correr muito. Dos jogadores ainda no Mundial, Lahm, Kroos e Müller se “matam” em campo: são os que mais correm, com uma média de praticamente 35km por jogo, juntos.

Thomas Müller, artilheiro da Alemanha

ARGENTINA X BÉLGICA (05/07 - 13H - MANÉ GARRINCHA)

Um dos confrontos mais interessantes desta fase. Lionel Messi vem sendo o grande destaque da Argentina na Copa até aqui, participando de 85% dos gols da seleção, mostrando-se portanto altamente decisivo a favor dos sul-americanos. Já a Bélgica, com uma equipe jovem porém talentosa, busca o feito de ir à semifinal. Em 1986, as seleções se enfrentaram no México: vitória dos hermanos por 2 a 0, gols de Diego Armando Maradona. 
Ambas as equipes venceram seus três jogos na fase de grupos. A Argentina marcou seis vezes e foi vazada em três oportunidades, enquanto a Bélgica anotou quatro gols e sofreu apenas um. Nas oitavas, depois de empates por 0 a 0 no tempo normal, os argentinos superaram os suíços por 1 a 0 e os belgas bateram os norte-americanos por 2 a 1.

ARGENTINA

Conquistar o tricampeonato na casa dos arquirrivais é o objetivo dos argentinos desde o início da competição. Sem jogar tudo o que se espera de um time com nomes como Messi, Di María, Aguero e Higuain, os comandados de Sabella chegam como favoritos para as quartas de final. A equipe apresentou evolução durante o torneio, tendo disputado sua melhor partida diante da Suíça nas oitavas de final, mesmo que os argentinos ainda tenham precisado da prorrogação para despacharem os suíços. Messi, vice artilheiro da competição com quatro gols, pode ser novamente o diferencial no confronto.

Messi, tem sido decisivo para a Argentina

BÉLGICA

A Bélgica já cumpriu sua obrigação no torneio. Os europeus desembarcaram no Brasil como a responsabilidade de provar que um time que tem nomes como Hazard, Mertens, Fellaini, Courtois e Lukaku não faria feio entre os melhores do mundo. Mesmo sem ter encantado na fase de grupo, os belgas avançaram em primeiro em sua chave e travaram heroico confronto com os EUA para chegarem às quartas de final.
Quem vê o desempenho discreto da Bélgica, apesar das quatro vitórias, acaba se surpreendendo com as chegadas da equipe de Marc Wilmots ao ataque. Com apenas seis gols até́ agora, em quatro partidas, foi a que mais chutou: 81 vezes, das quais 55 foram a gol. Atrás, ela se mostra bem segura. Thibaut Courtois, campeão espanhol com o Atlético de Madrid e vice da Champions League, sofreu apenas dois gols em toda a Copa.

Champions League, paredão Belga

COSTA RICA X HOLANDA (05/07 - 17H - ARENA FONTE NOVA)

Após classificar-se com dificuldades diante do México, a Holanda quer espantar mais uma zebra que terá pelo caminho: a Costa Rica. A seleção costarriquenha já desbancou Itália e Inglaterra neste Mundial, e busca mais um resultado heroico contra os holandeses. Com Robben em ótimo momento, os europeus tentam chegar ao mesmo estágio da última Copa, a decisão. Só que desta vez, esperam outro desfecho, com uma taça inédita na história do futebol no país.

Na fase de grupos, a Holanda venceu suas três partidas (10 gols marcados e três sofridos), já a Costa Rinca teve duas vitórias e um empate [quatro gols marcados e um sofrido]. Nas oitavas, após empate por 1 a 1, os costarriquenhos superaram os gregos nos pênaltis. Com os dois gols depois dos 40 minutos da etapa final, os europeus eliminaram os mexicanos nas oitavas de final.

COSTA RICA

A Costa Rica é, sem dúvida nenhuma, a grande surpresa da Copa de 2014. Após despachar dois campeões mundiais e classificar em primeiro lugar no "grupo da morte", os centro-americanos foram valentes e despacharam os gregos nos pênaltis pelas oitavas de final. A Holanda será o terceiro adversário europeu dos costarriquenhos na competição, contabilizando uma vitória (1 x 0 sobre a Itália) e dois empates (0 x 0 com a Inglaterra e 1 x 1 com a Grécia). O goleiro Navas e o atacante Campbell são os dois grandes nomes da seleção na competição. A seleção mais surpreendente da Copa não chama muita atenção pelas estatísticas, mesmo superando duas campeãs mundiais. Costa Rica chutou apenas 32 vezes (média de oito por jogo), o menor número das sobreviventes, e errou mais chutes do que acertou (15, contra 17). Tem o pior número de chutes a gol entre todas as seleções desta fase. Fez apenas cinco gols, todos com a bola rolando, mas peca pela impaciência: acabou entrando em impedimento nada menos que 28 vezes – sete por jogo.


Campbell, esperança de gol da Costa Rica

O belo desempenho do goleiro Keylor Navas não se destaca tanto nas estatísticas: apesar das ótimas atuações, ele fez “apenas” 14 defesas, mas sofreu meros dois gols. Assim, o sucesso de Costa Rica pode ser visto como o contra ataque, já que é uma seleção que correu bastante (456 km em todo o Mundial) e recuperou a bola 181 vezes (contra uma média geral de 132), além de superar tranquilamente o número de divididas das demais rivais.

HOLANDA

Depois de encantar na fase de grupos, a Holanda sofreu demais diante do México nas oitavas de final, mas manteve vivo o sonho do título mundial inédito. Os atuais vice-campeões mundiais, golearam a Espanha e bateram o forte chile com facilidade. Contudo, no momento de encarar os mexicanos, precisaram de um inspirado Robben e de um gol salvador de Snejider para conseguirem a vaga no finalzinho. Com Robben entre os melhores atletas da competição, a equipe de Van Gaal aguarda melhores exibições de Van Persie e Sneijder. A baixa da equipe será o experiente volante De Jong que está fora da competição por lesão na virilha.

Vencendo todas as partidas até a fase atual, a seleção com mais gols no Mundial fez 11 de seus 12 com a bola em jogo. A média da Holanda é de três bolas na rede por partida (uma a cada 30 minutos). As jogadas tratadas como “manjadas” de Robben e Van Persie – cortando da lateral para o meio e chutando – continuam surtindo efeito. 


Robben e Van Persie, comandam a seleção Holandesa


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