domingo, 17 de dezembro de 2023

Ato em SP pede justiça por Carol Câmpelo, jovem lésbica brutalmente assassinada no Maranhão

Coletivas lésbicas articuladas nacionalmente convocam uma manifestação para a esta segunda-feira (18) na capital paulista, pedindo justiça em reação ao assassinato de Ana Caroline Sousa Câmpelo. A jovem lésbica de 21 anos foi morta com requintes de crueldade, no último domingo (10), em Maranhãozinho, cidade que fica a 232 km de São Luís (MA). O ato em São Paulo será às 18h na praça do Ciclista.

A jovem, nascida em Centro do Guilherme (MA) tinha se mudado há poucos meses com a companheira para a cidade. Trabalhava na loja de conveniência de um posto de gasolina e foi vista pela última vez por uma vizinha, sendo abordada por um homem numa motocicleta. O seu corpo foi encontrado pela Polícia Militar em uma estrada vicinal, sem a pele do rosto, o couro cabeludo, os olhos e as orelhas.

O enterro de Caroline na quarta-feira (12) na sua cidade natal ganhou ares de protesto, reunindo amigos e familiares que caminharam com faixas pedindo justiça. O caso, classificado por pessoas próximas a Carol e coletivas de lésbicas feministas como lesbocídio, está sendo investigado pela Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI).

“Não podemos deixar passar”

Entre as reivindicações do ato de segunda-feira (18), estão a imediata investigação do lesbocídio de Ana Caroline e todos os casos do tipo no Brasil; a implementação de um calendário nacional de enfrentamento ao lesbocídio; e a criação de instrumentos de pesquisa e registro para a produção de dados sobre a população lésbica no país.

“É preciso falar da morte de lésbicas que cresceu mais de 200% nos últimos três anos de acordo com o Dossiê do Lesbocídio e evidenciar a motivação desses crimes”, defende a ativista Anne Santos, fundadora do @desfeminilizei e uma das organizadoras do protesto.

“É difícil falar sobre isso, porque quando a gente está falando da sigla LGBT, é como se todas as violências cometidas contra esse grupo fossem iguais, mas não são. A gente está tratando de uma violência específica, que envolve misoginia. Por isso que a gente chama de lesbocídio”, explica Santos.

Para a ativista, mesmo em espaços do movimento LGBTQIA+ é preciso batalhar para que esta pauta tenha visibilidade. “Na sociedade, a lésbica desfeminilizada é a lésbica visível. Então é aquela história né, você pode ser lésbica, desde que as pessoas não percebam que você é”, contesta.

Em contato com pessoas próximas a Carol, Anne conta que a sensação é de silenciamento do caso, apesar de ele ter chocado a população da região. “Prestamos acolhimento à esposa dela, que está muito abalada, mas aparentemente o que a família está pedindo é que esse caso não seja esquecido e que a morte de Ana Caroline tenha justiça”, afirma Anne.

“Ainda sentimos a perda da Luana Barbosa e das outras irmãs que a violência masculina tirou da gente”, afirma a convocatória da manifestação: “Não podemos deixar passar”. Segundo Anne, a proposta é que outros atos sejam organizados pelo Brasil.

Projeto de Lei Luana Barbosa

Luana, uma mulher negra, lésbica e periférica foi espancada até a morte por policiais militares em Ribeirão Preto (SP), em 2016. O episódio ganhou repercussão nacional e internacional. Agora, a mobilização em torno da justiça por Carol levanta a demanda pela aprovação do Projeto de Lei 1.667/2023, que leva o nome de Luana e tramita na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

O texto, inicialmente proposto pela deputada estadual Mônica Francisco (PSOL-RJ) e idealizado pela editora da Revista Brejeiras, Camila Marins, prevê campanhas e ações públicas no combate à violência contra mulheres lésbicas.

“Queremos a aprovação do PL Luana Barbosa, mas o que reivindicamos é um calendário nacional de enfrentamento ao lesbocídio”, salienta Anne Santos.

Fonte: Brasil de Fato

ABERTO NA REDE SARAH PROCESSO SELETIVO PARA AUXILIAR DE COZINHA E COPA

A Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, por meio da Associação das Pioneiras Sociais (APS) prorroga inscrições para Processo Seletivo, que tem por objetivo o preenchimento de 26 vagas destinadas à contratação de Auxiliares de Copa e Cozinha até esta segunda (18) de dezembro.

As vagas são distribuídas entre as seguintes unidades: Belo Horizonte (4); Brasília (10); Fortaleza (4); Salvador (4); e São Luís (4).

Para concorrer a uma das oportunidades ofertadas, é necessário que o candidato tenha escolaridade em nível médio completo, bem como curso profissionalizante em manipulação de alimentos ou temas correlatos, além de experiência mínima de seis meses como auxiliar de copa e cozinha em cozinha industrial ou hospitalar.

Procedimentos para participação

Os interessados em participar do Processo Seletivo, podem se inscrever de forma eletrônica por meio do site da Rede Sarah e pagar a taxa de inscrição no valor de R$ 170,00,

Como forma de classificação, os candidatos serão avaliados mediante aplicação de prova objetiva na data prevista de 4 de fevereiro de 2023, em horário e local a serem divulgados posteriormente.

A prova terá duração máxima de quatro horas e consistirá em 50 questões sobre conhecimentos específicos da área, matemática e raciocínio lógico e língua portuguesa.

Vale ressaltar que os candidatos convocados para a etapa treinamento irão realizar atividades de aprendizagem caracterizadas pela participação do concorrente em situações reais de trabalho no contexto da APS, no período de até quatro meses.

Durante o período de treinamento, o profissional será ressarcido mensalmente com bolsa de treinamento no valor de R$ 1.733,67. Ao ser contratado, o candidato considerado apto neste processo seletivo, após aprovação na etapa treinamento, assinará contrato de trabalho, sob regime da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), com salário bruto de R$ 2.667,19, referente a jornada de 44 horas semanais.