quarta-feira, 19 de março de 2025

MULHER É PRESA POR ENGANO NO RJ AO IR À DELEGACIA DENUNCIAR MARIDO POR AGRESSÃO

No último domingo (16), a mulher identificada como, Débora Cristina da Silva Damasceno, 42 anos, foi até uma delegacia no Rio de Janeiro para denunciar o marido por agressão e solicitar uma medida protetiva. No entanto, ao invés de receber o auxílio esperado, acabou sendo presa por um crime que não cometeu, foi acusada de tráfico de drogas e associação criminosa, sendo encaminhada ao Presídio de Benfica.

Segundo os advogados da mulher, ao tentar registra um BO contra o marido, um erro no sistema de procurados indicava um mandado de prisão em aberto contra ela, relacionado a uma condenação por tráfico de drogas em Belo Horizonte, cidade para onde a mulher jamais viajou. Após passar dois dias detida, ela foi solta na terça-feira (18), ao ter sua inocência reconhecida pela Justiça.

Mulher foi confundida com outra procurada pela Justiça de Minas Gerais. A foragida, no entanto, atende pelo nome de Debora Cristina Damasceno, sem o "da Silva", além de ser oito anos mais nova e o mandado apresentava informações incorretas como CPF e data de nascimento, o que levou à prisão equivocada..

Familiares da vítima alertaram para as diferenças nos dados. Mesmo assim, a Polícia Civil do Rio manteve a prisão. O erro só foi reconhecido ontem (17), durante audiência de custódia. O Tribunal de Justiça do Rio admitiu se tratar de um equívoco cometido pela Justiça de Minas Gerais, e determinou a liberação de Debora.

Somente na tarde de terça-feira a Justiça do Rio reconheceu o erro e determinou sua libertação. Ao deixar o presídio, Débora relatou o desespero vivido: “Ninguém espera que vai na delegacia dar uma queixa e sai algemada. Meu chão caiu. Passei um perrengue que não era pra mim. Quero minha casa, quero ver minha mãe, minha avó que está com 82 anos desesperada. Foi apavorante”. A mulher também afirmou que nunca sequer esteve em Belo Horizonte e que seus deslocamentos sempre se limitaram entre Petrópolis e o Rio de Janeiro.

A Polícia Civil do Rio informou que cumpriu o mandado conforme estava no sistema e que segue investigando as agressões sofridas por Débora, além de já ter solicitado medidas protetivas contra o agressor. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais admitiu o erro na emissão do mandado de prisão, o que resultou na detenção injusta da mulher.

A Justiça de Minas Gerais assumiu o erro. "Houve um equívoco no mandado de prisão expedido em julho de 2024, o qual foi expedido em desfavor de Débora Cristina da Silva Damasceno, filha de Cândida e Ivo, quando deveria ter sido expedido em desfavor de Débora Cristina Damasceno, filha de Luiza e João".

Advogado afirmou se tratar de um "erro gravíssimo". "Os documentos mostram que a Debora presa no Rio não é a Debora que deveria estar presa em Belo Horizonte", explicou Máximo. A defesa afirma que vai processar o estado do Rio de Janeiro por danos morais e psicológicos porque a vítima "está totalmente abalada". "Ela está traumatizada, diz que passou os piores dias da vida dela dentro desse presídio", informou.

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