Eleita com uma das votações mais apertadas da história, a presidente Dilma Rousseff (PT) tomou posse nesta quinta-feira (1º), em Brasília, pedindo paciência ao povo brasileiro, citando a educação a prioridade, falando em ajustes fiscais “sem perdas de direitos”, conclamando a população e o Congresso Nacional para a formulação de uma ampla reforma política e propondo um pacto nacional contra a corrupção.
Em seu discurso na Câmara dos Deputados, Dilma também anunciou o lema do próximo governo. “Brasil, Pátria Educadora”.
A petista derrotou o tucano Aécio Neves no segundo turno. Dilma obteve 51,64% dos votos contra 48,36% do candidato do PSDB. A diferença entre os dois candidatos foi de cerca de 3,4 milhões de votos. A presidente chegou por volta das 15h10 na Câmara dos Deputados e foi recebida pelo presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e também pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. Ela também foi recebida pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB) e sua esposa, Marcela Temer.
Durante um discurso de aproximadamente 45 minutos, Dilma retomou seu lema de campanha de “melhorar o que está bom”, mas pediu paciência aos brasileiros afirmando que entendeu a confiança dada pelo eleitor ao seu segundo mandado. “Foi também um recado de quem quer mais e melhor”, disse Dilma. “Vamos precisar de paciência, coragem e humildade para vencer os obstáculos. O povo brasileiro quer democratizar ainda mais a renda, o conhecimento e o poder”. E complementou: “Este projeto pertence ao povo brasileiro. É com o povo brasileiro que vamos governar”.
A Dilma também conclamou o povo brasileiro a fazer um pacto nacional contra a corrupção e classificou como prioritária a adoção de cinco medidas de combate à corrupção: transformar o enriquecimento ilícito em crime; transformar o crime de caixa dois também em crime; deter um mecanismo judicial que permita o confisco de bens obtidos de forma ilícita; adotar normais que aceleram o julgamento de casos envolvidos a desvios de recurso públicos e também a análise de casos de corrupção que envolvam políticos. “A corrupção deve ser extirpada. O Brasil sabe que não compactuo com qualquer ilícito ou mal feito”, disse Dilma.
Após receber os cumprimentos dos chefes de Estado e de Governo e dos demais representantes de outros países, a presidenta Dilma Rousseff deu posse os 39 integrantes de seu ministério. Quase a metade do ministério é formada por nomes conhecidos – 15 ministros foram mantidos em suas cadeiras e quatro foram remanejados para outras pastas. Nos anúncios feitos nas últimas semanas, Dilma escolheu 20 novos nomes para o seu primeiro escalão.
Assinaram o termo de posse 24 ministros, pois assumem novas funções. Os 15 que permanecem nos cargos foram convidados a comparecer ao tapete verde, atrás da presidenta e do vice Michel Temer, durante a cerimônia. Logo depois, todos foram para o Salão Oeste do Palácio do Planalto, a fim de fazer a foto oficial ao lado de Dilma Rousseff.
Foto oficial da presidenta Dilma Rousseff e os ministros empossados para o segundo mandato- |
A cerimônia de posse ocorreu no Salão Nobre do Palácio do Planalto. No local, mil cadeiras foram preparadas para autoridades, parentes dos ministros que tomaram posse, representantes de movimentos sociais e de entidades da sociedade civil.
Chefes de Poderes, os ex-presidentes da República José Sarney e Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e ex-ministros de Estado, governadores e ex-governadores, parlamentares e prefeitos de capitais também estiveram presentes à cerimônia, como os presidentes do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL); da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN); e do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
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