A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse
considerar necessário que sejam tomadas "medidas drásticas" para
conter o surto de ebola na África Ocidental.
Cerca de 400 pessoas morreram desde o início do
surto, que começou na República da Guiné e se espalhou para as vizinhas Serra
Leoa e Libéria.
É o maior surto em números de casos, mortes e em
relação à distribuição geográfica.
A OMS teme a possibilidade de "propagação
internacional". A organização enviou 150 especialistas para a
região para ajudar a prevenir a propagação do vírus, mas admite que "houve
aumento significativo" no número de casos e mortes.
O surto começou há quatro meses e continua a se
espalhar, até agora houve mais de 600 casos e cerca de 60%
das pessoas infectadas com o vírus morreram. A maioria das mortes ocorreu no sul de Guekedou, na
região da República da Guiné.
O diretor regional da OMS para a África, Luis
Sambo, disse: "Este não é mais um surto específico de cada país, mas a
crise de uma sub-regional e é preciso uma ação firme." "A OMS está seriamente preocupada com a
propagação transfronteiriça em curso para os países vizinhos, bem como o
potencial de disseminação internacional", disse.
A organização MSF (Médicos Sem Fronteiras) alertou
que o surto de ebola está fora de controle. A entidade teme que a epidemia se
alastre mais ainda caso não haja uma forte resposta internacional.
Ebola
O ebola é uma febre hemorrágica grave causada pelo
vírus ebola e não tem vacina ou cura. A doença é transmitida pelo contato com os fluidos
de pessoas ou animais infectados, como urina, suor e sangue. Os sintomas
incluem febre alta, sangramento e danos no sistema nervoso central.
A taxa de mortalidade do ebola pode atingir 90% dos
casos. O período de incubação é de dois a 21 dias.
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