
Durante o processo, o homem disse aos juízes que passava por dificuldades financeiras quando começou a frequentar a igreja, e que foi enganado e coagido pelos pastores a fazer a doação em busca da "fé perfeita e um encontro com Deus". Ele afirmou ainda, que após forte pressão psicológica doou o único veículo da família, que era usado para entregar marmitas do restaurante dele.
Ainda de acordo com o comerciante, os representantes da igreja lhe deram a chave de um carro importado e disseram a ele que Deus lhe daria um automóvel de luxo em troca.
Sem o veículo para fazer as entregas, o comerciante alegou à Justiça que foi obrigado a fechar o restaurante. Para o Desembargador Sideni Soncini Pimentel, as provas dos autos demonstram que a vítima foi induzida ao erro ao acreditar que a doação poderia resolver os problemas financeiros dele.
“Levando em consideração o grau de comprometimento que possuía com a igreja, certamente o maior temor era não só a desaprovação divina e sua ira como também o da própria igreja. Daí que, psicologicamente, a doação passa a ser dever, e não liberalidade”, escreveu o desembargador na decisão.
Fonte: G1/MS
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