Sob o titulo: PREFEITURA DE SÃO LUIS PERSEGUE
MORADORES DO BAIRRO DO COROADINHO. O CASO DA U.E.B. RUBEM ALMEIDA: UM RETRATO
DO CAOS EM QUE SE ENCONTRA A EDUCAÇÃO MUNICIPAL, professor faz denúncia sobre
as precárias condições da UEB Rubem Almeida.
"A ausência completa do poder público, neste caso,
representado pela Prefeitura de São Luís, nos bairros da periferia, é
facilmente percebida pelas ruas cheias de buraco, falta de espaços de lazer, de
praças e ambientes apropriados para a prática desportiva, etc., o que não é
nenhuma novidade para os moradores. O que também não é novidade, mas sempre
incomoda, é o fato de que este mesmo poder público, que apenas aparece nos bairros
pobres nas campanhas eleitorais, só “dá as caras” para perseguir e prejudicar
os moradores da comunidade, como ocorreu recentemente na escola Rubem Almeida,
quando após a “visita” de representantes da SEMED para “vistoriar a merenda
escolar”, foi tomada a decisão unilateral de proibir a venda de lanche nos
portões da escola por pessoas da comunidade, algumas das quais foram fundadoras
da escola e do próprio bairro. Algumas destas pessoas que há mais de 20 anos,
sem incomodar, nem prejudicar ninguém, oferecem seus produtos aos alunos,
professores e funcionários , como ocorre em quase todas as outras escolas de
São Luís. Trata-se de “amigos da escola”, como a própria prefeitura nomeia
pessoas da comunidade que de diversas formas colaboram com a escola.
O que os tão zelosos lobos em pele de cordeiro
representantes da prefeitura têm conhecimento, mas fazem vista grossa e ouvido
de mercador, já que nunca solucionam, são os inúmeros problemas enfrentados
diariamente pela U.E.B Rubem Almeida, que é um exemplo do que ocorre em toda a
rede municipal de ensino de São Luís, devido ao tratamento dispensado à
educação por todas as administrações que têm passado, como a do Sr. João
Castelo e, agora, a do continuador dos seus serviços Edivaldo Holanda.
Vamos aos fatos: o exemplo da Escola Rubem Almeida.
1 – A escola Rubem Almeida, como exemplo das demais
escolas da rede municipal, há anos tem carência de professores em diversas
matérias, o que demonstra a necessidade urgente de concurso público. Ano
passado (2012), por exemplo, turmas inteiras passaram o ano quase todo sem
professores de português, educação física e inglês. Este ano três turmas (53,
71 e 72 ) em pleno fim do primeiro semestre não tiveram uma única aula de
Português;
2 - A qualidade e o cardápio da merenda escolar
fornecido pela prefeitura é “pobre em fibras e nutrientes”, como constatou o
próprio Ministério Publico Federal, e rica em colesterol e gordura saturada
(lingüiça frita, ovo frito com feijão e arroz duro, mingau de milho duro, etc.,
entupindo os alunos de colesterol e raiva). Além disso, a merenda é tão ruim
que todos os dias baldes e baldes de sobra são jogados fora pelos alunos que
não têm estômago para comer algo tão sem gosto.
3 - As salas de aula superlotadas, com mais de 40
alunos, quentes, abafadas, sem ventilação, sem ventiladores, com quadros
brancos pela metade. Algumas são antigos depósitos transformados em sala de
aula amontoando alunos o dia inteiro a uma temperatura que chega aos 40 graus,
como é o caso da turma 71, que é quente, extremamente abafada, com cheiro de
mofo e urina, já que tem
dois banheiros ao lado. Esta última já recebeu até
visita de um vereador de certa “comissão da educação”, mas até hoje continua na
mesma.
4 – A escola tem um galpão com uma pequena
quantidade de livros didáticos velhos e mal cuidados, a biblioteca, sem livros
paradidáticos, ou mesmo os mais básicos clássicos da literatura. Esta mesma
sala serve de sala de vídeo, reunião, etc. sendo que a escola não tem um
aparelho de DVD que funcione, obrigando os professores a trazerem de casa os
seus, caso queiram passar algum vídeo para os alunos. Nunca se vê alunos
pesquisando, não há bibliotecário. Em pleno século XXI, onde se fala em
revolução digital, não há sequer um único computador para os alunos;
5- A falta de material de trabalho para os
professores não se resume a pincel, aparelho de DVD, aparelho de som ou outros.
Nas aulas práticas de educação física, por exemplo, os professores têm que trazer
bola, rede de vôlei, etc., de outras escolas ou comprar se quiserem fazer uma
aula diferente;
6 – Nas últimas semanas, a chuva torrencial que
inundou a cidade inundou também a escola. As salas ficaram cheias de água, com
goteiras no forro, correndo risco de provocar curtos circuitos, água escorrendo
pelas paredes obrigando os alunos a afastarem as cadeiras para um canto onde
não estivesse pingando. Os banheiros estão quase todos com os vasos entupidos,
sem descarga, sem sabão para os alunos limparem as mãos após fazerem suas
necessidades, ou papel higiênico. O dos professores está há meses sem chave e
com a torneira da pia quebrada;
É importante frisar que a U.E.B Rubem Almeida não é
um caso isolado. Trata-se, na verdade, de um retrato de como se encontra a
educação municipal de São Luís. Ademais, estes exemplos se referem a uma escola
“pólo”, pois se se falar sobre os anexos os problemas decuplicam: são
verdadeiros chiqueiros, saunas, galpões onde a prefeitura enclausura alunos e
professores, e assassina diariamente a educação, estimulando o abandono escolar
e a repetição por parte dos alunos, além do desgosto pela profissão por parte
dos docentes. E para se comprovar a veracidade de tais afirmações, não é
necessário apresentar fotos ou vídeos, basta entrar na escola e ver com os
próprios olhos.
Enquanto isso, diante de tantos problemas reais a
serem resolvidos, representantes da Prefeitura de São Luís em visita a escola
se incomodam com a presença de pessoas que vendem no portão. Uma senhora, que
como dito, foi fundadora do bairro, fundadora da escola, que há mais de vinte
anos complementa sua renda vendendo suquinho e salgados, como fazem milhares de
pessoas em todas as escolas públicas municipais, estaduais e privadas do país
inteiro. Esse ato deixou constrangida toda a comunidade escolar, desde
estudantes, funcionários, professores e moradores da redondeza que tomaram
conhecimento, e deve ser prontamente repudiado por todos. Que a prefeitura
resolva os problemas reais da U.E.B Rubem Almeida e das demais escolas de São
Luís e pare de perseguir moradores da comunidade. Perseguir um morador é
perseguir toda a comunidade"!
Roberto Augusto Pereira – Professor de História da
U.E.B Rubem Almeida
Fonte: Blogg Luta Educação Maranhão
as cozinheiras tem bom coracao a culpa é da prefeitura eu conheco elas e sei q elas preparam o comer com maior carinho
ResponderExcluirgosto muito da escola rubem almeida ali.tem pessoas legais a escola é um ambiente de amizades e tambem de aprendizagem social
ResponderExcluirDesejo paz eterna ao povo coroadense
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