terça-feira, 17 de março de 2020

MAIS DE 40 PAÍSES FECHAM FRONTEIRAS POR CAUSA DO CORONAVÍRUS

Mais de 40 países já restringiram as fronteiras a estrangeiros por causa da pandemia do novo coronavírus. A medida é uma das maneiras de conter o avanço da covid-19 que, segundo boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), atingiu 151 nações e territórios.

As primeiras estratégias de controle de acesso ou suspensão de voos tinham como alvo a China. Com a disseminação da doença nas últimas semanas, no entanto, os controles de fronteiras envolvem número cada vez maior de países.

Diferentemente de vizinhos como Argentina, Uruguai e Paraguai, o Brasil optou por ainda não restringir a entrada de estrangeiros. O presidente Jair Bolsonaro afirmou na segunda-feira, 16, apenas que pode adotar controle maior e exigir exames para quem quiser entrar no País a partir da Venezuela.

No Brasil, 234 casos foram confirmados e o País já registra transmissão local do vírus, de acordo com o Ministério da Saúde. São Paulo é o Estado que contabiliza mais notificações com resultados positivos (152).

A circulação do vírus teve início na China, que concentra a maioria dos casos da doença (cerca de 81 mil no total), mas Coreia do Sul e Irã são países que têm número elevado de registros. A Itália é o principal foco do coronavírus na Europa, considerado o atual epicentro da pandemia.

Rodrigo Maia diz: "governo já deveria ter fechado fronteiras".

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou nesta terça-feira o fechamento de fronteiras e uma maior restrição à circulação de pessoas para o combate da epidemia do coronavírus no país.

"Eu acho que o governo já deveria ter fechado fronteiras, restringido voos internacionais e restringindo circulação de pessoas em Estados onde a projeção é maior, como Rio e São Paulo", disse Maia em entrevista coletiva no Congresso.

Para o deputado, o governo "já deveria ter criado um plano de contigência em Rio e São Paulo, para que a circulação ficasse restrita àqueles que têm de fazer abastecimento".

Rebatendo argumento do presidente Jair Bolsonaro, de que medidas restritivas que vêm sendo adotadas por governadores de Estado causarão um "baque" na economia, Maia disse que isso é inevitável e não dá para imaginar que evitar essas medidas vá garantir crescimento econômico.

"A economia será afetada de qualquer jeito. Você achar que manter a circulação vai garantir algum crescimento, do meu ponto de vista isso é errado", disse Maia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário