Hoje é dia festa, aniversário da Rádio Comunitária Conquista FM 95,5.
A Conquista nasceu a partir do interesse de movimentos sociais de produzir uma Comunicação Popular. Em 1999, um grupo de pessoas ligadas à igreja católica, evangélica e times de futebol, entre outros grupos, deram início ao debate sobre o papel da comunicação na organização da Comunidade do Coroadinho, após várias reuniões e discussões a iniciativa chegou ao fim.
Fracassada essa primeira tentativa, o movimento ressurge no ano de 2000. Dessa vez os encontros aconteciam no Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN), no bairro do Barés. As primeiras atividades no sentido de se construir uma rádio de fato comunitária, foi convidar organizações da área a serem abrangidas pelo seu sinal para participarem do processo de discussão; vinte organizações passaram a compor o grupo de trabalho em prol da rádio comunitária, entre elas: clube de mães, igrejas católicas e evangélicas, religiões afro, clubes de futebol amador, além do apoio de vários sindicatos.
A intensificação do debate levou a criação da Associação de Difusão Comunitária e Popular (ADCP), que seria a entidade gestora da rádio, haja vista, ser necessária uma entidade para gerenciar a emissora comunitária.
Ainda sem autorização para funcionamento, a Rádio Conquista entrou no ar em 10 de junho de 2001, instalada num prédio reformado pela Prefeitura de São Luís e localizado na Praça do Mururú, praça central do bairro do Coroado.
As primeiras transmissões eram feitas somente aos domingos, das 5:00 da manhã às 23 horas. Havia o receio de que a rádio fosse visitada” pela Anatel ou Polícia Federal. Pouco tempo depois a rádio passa a funcionar também aos sábados. Com o passar do tempo a rádio foi construindo sua identidade, a comunidade local e adjacências passaram a acompanhar sua programação, isso era medido através dos inúmeros telefonemas. As cobranças para que funcionasse diariamente era muito grande.
As organizações comunitárias e movimentos organizados da cidade como Sindicatos, Grupo de Alcoólicos Anônimos, Associação de Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais, Conselho Tutelar, Grupo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (GLTBS), entre outros vieram solicitar espaço para divulgarem seus trabalhos, não restou alternativa a não ser colocar a rádio para funcionar diariamente, assim, a Rádio Comunitária Conquista FM passou a funcionar sete dias na semana das 6:00 às 23:00 horas.
No mesmo ano em que a rádio começou a funcionar foi dado entrada no Ministério das Comunicações ao pedido de concessão de outorga, porém, inexplicavelmente foi negado por três vezes. Mesmo sem a autorização para funcionamento a Conquista foi ganhando espaços.
Desde o início, a Rádio Comunitária Conquista tinha uma linha de programação voltada a atender as minorias, uma comunicação voltada para a formação dos cidadãos e o seu comprometimento com as lutas sociais faz a Conquista ser reconhecida como “verdadeiramente comunitária”.
Seu trabalho e organização passam a ser reconhecidos, o que se tornou destaques era o fato da programação ser feita por pessoas da própria comunidade: carroceiros, donas de casa, agentes de saúde, estudantes, funcionários públicos entre outros. Além do fato de que havia grande inserção de temas relacionados a minorias como: mulheres, negros, homossexuais, alcoólatras, crianças e adolescentes. Os programas de linha jornalística priorizavam a abordagem de temas do cotidiano da comunidade, além da promoção de campanhas ao combate à dengue, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), violência doméstica, exploração sexual, entre outros. Outro fato interessante é que a rádio reconhecidamente era a única na cidade a manter em sua grade de programação semanal programas da igreja católica, evangélica e religião afro.
Sua importância foi reconhecida pela Sociedade Maranhense de Defesa dos Direitos Humanos (SMDDH) e pelo Centro de Defesa Padre Marcos Passerine (CDMP), que lhe conferiu em janeiro de 2005 o prêmio de Mérito Profissional, o prêmio é um reconhecimento às entidades que contribuíram na defesa dos direitos humanos no ano de 2004.
Em dezembro de 2004, a Conquista teve seus estúdios invadidos e seus equipamentos levados pela Policia Federal e Anatel, por outras duas vezes o fato se repetiu, gerando processos na Justiça Federal a dois ex-presidentes, João Santos e Magno Cruz que não está mais entre nós, faleceu em 2010.
Infelizmente a rádio Comunitária Conquista FM não está em funcionamento, uma série de problemas contribuíram para tal situação. Mas sua missão foi cumprida por aqueles que se propuseram a fazer uma Rádio “Verdadeiramente Comunitária”: Ivaldo Fonseca, Damasceno Sousa, Dica, César Soeiro, João Santos, Tatiana, Soraia Cruz, Dasdores, Gilberto Penha, Paulo Artes, Ricardo, Hertz, Magrão, Wagner, Joselito Santos, Luíza Keillen, Graça Lessa, Robinho, Raimundinho Oliveira, Assis Araújo, Jr., César Roberto, Marcelo Cutrim, André Santos, Wellington Rabelo, Francisco Costa, Newton Cesar, Venceslau, Cesar Roberto, Jean Carlos, Paulo Caribe, Wellington Casanova, profª Lucelene, Linhares, Assis Araújo, Silvana Barbosa, Márcia Maria, Macedo, Léo, Josemberg, Zeca Pagodeiro, Zinho, os vários movimentos sócias que faziam parte da programação, entre tantos outros que deram sua colaboração.
A maior arma do opressor é a desinformação do oprimido.
(Autor desconhecido)
eu sou ouvinte da radio conquista fm eu quero que a radio fonciona
ResponderExcluirdj samuel marley
ResponderExcluirdj samuel marley
ResponderExcluirboa
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