"Nesse período da análise foram vendidos mais de 230 mil litros de açaí. É uma demanda muito alta para um município em um período de festival, mas não se tem nenhum caso registrado da doença e também não vamos ter, porque o período de incubação já passou, que é de sete dias. O governo sempre faz essas análises em relação ao açaí em todo o estado", afirmou o secretário.
Após os resultados, a Sesacre, junto com o Instituto de Defesa Agroflorestal do Acre (Idaf) e a Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof-AC), deve iniciar uma ação de capacitação e orientação dos produtores nos próximos 30 dias. Somente na região de Feijó existem mais de 250 produtores.
"Recebemos as respostas dos laudos na sexta (7). Falaram que o açaí do estado do Acre é condenado, o que não é verdade. O açaí do Acre não é condenado e é um dos melhores açaí da região amazônica. O fato é, aconteceu realmente de algumas amostragens darem positivas devido à mal limpeza desse açaí", disse o secretário.
Resultados dos exames feitos em cinco amostras de açaí do AC foram divulgados nesta segunda (10) (Foto: Iryá Rodrigues/G1) |
Mortes
Em março deste ano, o casal Francisco Maian da Costa, de 18 anos, e Celiana Silva, de 17, nos dias 26 e 29 de fevereiro, respectivamente, morreu após tomar açaí contaminado pelo barbeiro. A família do casal mora em uma comunidade rural da cidade de Rodrigues Alves, a 627 km da capital acrena. Inicialmente, a doença de Chagas era apenas a suspeita, sendo confirmado o diagnóstico no dia 11 de março pela Saúde do Acre.
Duas irmãs de Costa também foram diagnosticadas com a doença. A pequena Francisca Adrielly, de 12 anos, ficou internada por mais de um mês no Hospital da Criança, em Rio Branco, e ficou com uma lesão no coração, por causa da enfermidade, segundo a médica que a atendeu.
Pesquisa
Dois meses após os casos em Rodrigues Alves, a coordenação que trata sobre doença de Chagas no Acre visitou as cidades da região do Vale do Juruá, como Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo. A medida fez parte de uma campanha de prevenção e conscientização após a região registrar nove casos da doença.
Uma equipe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília também esteve no local e fez pesquisas na comunidade Nova Cíntra, onde sete casos da doença foram confirmados neste ano.
Fonte: G1/AC
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