Um novo “fim do mundo” se aproxima neste sábado. Ao menos é o que diz uma teoria apocalíptica formulada pelo numerólogo David Meade, autor do livro Planeta X, que prevê a colisão de um enorme planeta misterioso com a Terra e a consequente destruição da humanidade.
O criador da tese, no entanto, já havia tentado divulgar essa mesma história em 2012, mas foi desmentido por um cientista da Nasa, que, na época, chamou de “ridículas” as declarações sobre “um planeta que está, ao mesmo tempo, próximo e invisível”. Segundo o pesquisador, se o planeta existisse e estivesse realmente a uma distância ameaçadora, seria impossível que nenhum astrônomo tivesse notado sua presença .
Meade, no entanto, continua a afirmar que o planeta Nibiru (também chamado Planeta X), que estaria vindo diretamente da fronteira com o sistema solar, vai atingir a Terra neste final de semana. Pela teoria de Meade, o planeta seria na verdade uma estrela com um sistema planetário ao seu redor e estaria vindo em direção à Terra. Além de planetas, o sistema traria também cometas e asteroides e esses seriam arremessados contra a Terra, o que causaria destruição em massa.
Suas evidências são baseadas em versos e códigos numerológicos da Bíblia centrados no número 33 – exatamente o número de dias entre o eclipse solar do dia 21 de agosto, que ele considera ter sido um aviso, e a data apocalíptica.
“Jesus viveu por 33 anos, o nome Elohim, que é um dos nomes usados pelos judeus para Deus foi mencionado 33 vezes [na Bíblia]. É um número muito significativo na Bíblia e na numerologia”, disse Meade em entrevista ao The Washington Post. O americano é conhecido por suas teorias que misturam textos bíblicos e astronomia.
Os céus do globo são monitorados por vários programas de defesa para justamente avistar algum asteroide com potencial de atingir a Terra. Corpos celestes com mais de 100 metros de tamanho são razoavelmente fáceis de descobrir e os maiores que isso, portanto, muito mais perigosos, são muito fáceis de se encontrar. Não há como uma estrela, ou um planeta gigantesco passar despercebido pela frota de telescópios terrestres. Aliás, tem muito mais astrônomo amador monitorando o céu do que astrônomos profissionais. Como manter uma conspiração com centenas de milhares de pessoas no mundo todo?
Além dos telescópios em Terra, algumas missões espaciais já varreram o céu todo em busca de planetas e/ou anãs marrons mais distantes no Sistema Solar. Nenhuma dessas iniciativas deu resultado positivo. Nem sequer um caso suspeito foi encontrado.
Desses planetas todos, o Planeta X é o único que aparece nos livros de astronomia. Quando Percival Lowell procurava pelo nono planeta do Sistema Solar, - que depois viria a ser Plutão; pelo menos, até 2006 - se referia a ele como 'Planeta X' para que ninguém desconfiasse do que se tratava. Ele sabia que havia outras pessoas fazendo o mesmo e quando enviava ao seu observatório novas coordenadas o tratava desse jeito: o 'X' nada mais é do que a variável 'X', a incógnita a ser encontrada, como em qualquer equação matemática.
A suposta existência do planeta Nibiru é motivo de teorias conspiratórias desde a década de 70. Em 2012, no entanto, este e outros rumores sobre o fim da Terra tomaram proporções tão preocupantes que o pesquisador David Morrison, do Instituto de Astrobiologia da Nasa, teve de publicar um vídeo em seu canal no Youtube para acabar com os mais de 20 e-mails semanais que entravam em sua caixa perguntando sobre o Planeta X.
“Se o planeta estivesse tão perto, seria brilhante e facilmente visível a olho nu. Todos nós poderíamos vê-lo. Se Nibiru fosse real e se fosse um planeta com uma massa substancial, ele já perturbaria as órbitas de Marte e da Terra. Veríamos mudanças por causa deste objeto entrando no sistema solar interno”, afirmou na gravação.
Do jeito que as coisas estão se encaminhando, pode até ser que os dias da terra estejam contados, mas duvido que seja resultado de uma força divina.
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