Maria Regina Araújo, mais uma vitima de femininístico |
A maranhense Maria Regina Araújo, 44 anos, foi assassinada na noite de domingo (26), por volta de 20h30 no conjunto B da Fazendinha, no Itapoã em Brasilia - DF. Ela foi a 17º vitima de feminicídio na capital Federal somente neste ano, e a quarta, só no mês de agosto.
Eduardo Gonçalves de Souza, está foragido |
Segundo informações da Polícia Militar do DF (PMDF), Maria Regina foi atingida com aproximadamente 20 facadas principalmente nas costas, tórax e pescoço, desferidas pelo marido, identificado como Eduardo Gonçalves de Souza.
O crime aconteceu em frente a filha do casal de apenas 8 anos que entrou em choque e foi amparada por uma vizinha.
Segundo o jornal EXTRA, uma vizinha contou que a criança tomava banho no momento em que o pai agrediu a mãe. Ao perceber o que tinha ocorrido, não chegou nem a terminar de se vestir para pedir socorro pela rua.
— Foi a menina que chamou os vizinhos. Ela estava só de calcinha, enrolada na toalha. Deve ter ficado em choque — disse a amiga, que conhece Maria Regina há 15 anos.
Segundo ela, o relacionamento da vítima com Eduardo era muito conturbado, pois o ex-marido tinha um comportamento possessivo e agressivo. Os dois estavam separados há um ano, mas ele não aceitava o término. Por isso, Maria Regina registrou ocorrência contra o ex por ameaça e contou para sua família e seus amigos que temia por sua vida.
— Eles ficaram juntos por uns 13 anos, mas há um ano estavam separados e tinham uma filha de 8 anos. Eduardo já era agressivo durante o relacionamento. Esse foi um dos motivos da separação. Na semana passada, ela registrou uma ocorrência por ameaça, mas essa Justiça no Brasil é muito complicada. No sábado, Eduardo passou o dia bebendo, e no domingo também. Até comentou com um amigo que ia fazer uma besteira. O amigo disse para não fazer, mas ele foi lá na casa dela e deu 20 facadas. Horrível — relatou a vizinha.
A polícia confirma que a mulher já havia dado queixa contra o marido por violência doméstica. Até mesmo uma medida protetiva teria sido solicitado pela vitima, mas teria sido indeferido pela Juíza, que não via risco de vida na situação em que ela relatou.
Segundo testemunhas, o acusado Eduardo Gonçalves ainda tomou uma surra de pessoas que moram na região, mas conseguiu fugir em direção a um matagal.
A morte da maranhense Maria Regina Araújo, tomou grande proporções na imprensa nacional nessa segunda-feira. Antes de mudar para Brasilia ela morou por muito tempo no Coroadinho onde reside a maioria de seus familiares, irmãos e filho. Ela é irmã do comerciante, "Júnior" bastante conhecido na área da feira do Coroadinho e do mototaxista do Atual, "Rony".
Rony, em suas redes sociais lamentou a morte da irmã, e manifestou sua revolta, "É muito revoltante em saber que a vida de sua irmã foi tirada através de seu ex-marido e ainda foi negada a medida protetiva. Detalhes ele enviou várias fotos de caixões para as amigas da vítima", disse.
Ele também lembrou que há quatro meses perdeu a mãe, e agora perdeu a pessoa que o ajudava quando era criança,"Uma das maiores dores do mundo é perder uma mãe, aí quatro meses depois um assassino tira a vida da irmã que cuidava de mim quando criança. Nesse momento da vida dores não sinto mais, duas pessoas mais amadas na minha vida se foram. Saudades eternas", concluiu.
Maria Regina Araújo, era filha de "Dona Marcelina", feirante bastante conhecida no Coroadinho que faleceu no último mês de abril.
O sepultamento será realizado em São Luís. O corpo chegará nessa terça-feira, por volta das 15:00 horas e será velado na Rua Nossa Senhora do Carmo, próximo á feira do Coroadinho.
A cada dia, 13 mulheres, em média, são assassinadas no Brasil. Segundo o Mapa da Violência 2015, dos 4.762 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no País, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que, em 33,2% destes casos, o crime foi praticado pelo parceiro ou ex-companheiro.
Nossos sentimentos aos familiares!
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