O técnico Gilson Kleina deixou o
comando do Palmeiras no início desta quinta-feira após reunião da
diretoria do clube. A demissão ocorreu pouco mais de 12 horas após a derrota do
time para o Sampaio Corrêa por 2 a 1, pela Copa do Brasil. Gilson
Kleina estava sendo pressionado deste a derrota do Palmeiras para o Ituano no
Campeonato Paulista, eliminando o time da disputa do título.
No começo do Brasileirão, Kleina
voltou a amargar derrotas e apresentações ruins no comando da equipe. O
Palmeiras sofreu para derrotar o Criciúma na estreia da competição nacional e
fracassou diante de Fluminense, em casa, e Flamengo, fora. Toda a confiança que
a diretoria palmeirense tinha no treinador se perdeu nessas primeiras rodadas.
O tropeço diante do Sampaio Corrêa foi a gota d'água.
Após derrota para o Sampaio, Gilson Kleina foi demitido pelo Palmeiras |
Kleina sabia que estava ameaçado
no cargo. Tentou manter a tranquilidade, mas perdeu a mão na arrunação do time.
A seu favor, o treinador tinha apenas o carinho do elenco, que gostaria que
ele continuasse no posto. O presidente Paulo Nobre dará entrevista nesta
quinta-feira, às 17h, na Academia de Futebol, para explicar a saída do técnico
e comentar dos rumos da equipe na temporada.
LUXEMBURGO
Vários nomes são comentados como
possíveis candidatos a vaga de Kleina. O mais cotado nesse momento é o de
Vanderlei Luxemburgo, que até pouco tempo atrás era assunto proibido no
Palmeitas, mas que nos últimos dias ganhou força principalmente entre
os membros do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF). O treinador,
desempregado, estaria disposto a receber por contrato de produtividade. O
valor fixo do seu salário poderia emperrar a negociação.
A falta de um consenso para
assumir o cargo de técnico do Palmeiras faz com que outros nomes sejam
comentados no clube. Ney Franco, Dunga e até Doriva, campeão paulista pelo
Ituano, são algumas opções sugeridas para o presidente Paulo Nobre, que deve
definir o escolhido nos próximos dias.
A queda de Kleina
parecia certa após a derrota para o Fluminense, pela segunda rodada do
Campeonato Brasileiro. Aliados do presidente alegavam que era melhor demitir o
treinador ainda nas primeiras rodadas do torneio para dar tempo de se
recuperar na competição. Mas o dirigente decidiu mantê-lo e nem a vexatória
derrota por 4 a 2 para o Flamengo, no fim de semana, foi suficiente para
Nobre mudar de ideia.
Três motivos ajudaram a esticar a
permanência de Kleina no cargo. A multa rescisório do seu contrato, já que o
Palmeiras terá de pagar três meses de salário; a falta de um nome para ocupar
seu lugar; e o fato de os atletas gostarem dele. Para a partida contra o
Goiás, sábado, no Pacaembu, o Palmeiras pode ser comandado por algum membro da
comissão técnica.
Fonte: O Estadão
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