Em reunião realizada nesta terça-feira (20), a
diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão
decidiu adiar a greve, que estava marcada para iniciar nesta quarta-feira (21), para
quinta-feira (22). Porém, a novidade apenas adia a paralisação. Só mesmo uma
reviravolta nas conturbadas negociações entre rodoviários e classe patronal para
canelar definitivamente a greve já anunciada.
Depois de uma mais uma reunião que aconteceu na
tarde de ontem (19), na sede do
Ministério Público e que contou com
representantes do Sindicato dos rodoviários, procuradoria do Trabalho, secretário
titular da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) e
representantes da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e representantes da empresas do transporte Rodoviários,
sem que houvesse um acordo, foi anunciada pelo secretário administrativo do
Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Isaías Castelo Branco, o inicio da greve
dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus da capital, a partir das das 00h00
desta quarta-feira (21). Entre as reivindicações dos rodoviários está a exigência do
reajuste de 16% no salário, além de e melhorias no plano de saúde e
tíquete-alimentação.
O Município apresentou como propostas criar
subsídios financeiros aos empresários do transporte coletivo, o fim da tarifa
social (conhecida popularmente por domingueira), que reduz em 50% as tarifas do
transporte coletivo aos domingos em São Luís, além de combate ao transporte
alternativo e a fiscalização embarcada, para evitar o uso indevido de
documentos que garantem a gratuidade nos coletivos.
Já a Sinfra ofereceu aos empresários a redução em
10% na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de
Serviços (ICMS), que incide sobre o óleo diesel dos ônibus. Mas os empresários
– representados pelo Sindicato dos Empresários do Transporte Coletivo (SET)
rejeitaram as ofertas, alegando que os benefícios não reduziriam o déficit
orçamentário registrado mensalmente pelas empresas, que é de R$ 8 milhões.
Os empresários do setor que, por sua vez, alegam
falência do sistema, o que os impedem de reajustar o salário. O presidente do
SET, José Luiz Medeiros, por causa da realidade financeira das empresas, disse
que não há possibilidade de concessão de reajustes. “Não há como. As empresas
estão operando no limite das finanças e, nesse momento, mesmo com as ofertas da
Sinfra e SMTT, não existe a possibilidade de aumento salarial”, disse.
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