A empolgação pela vitória do Brasil na estreia
contra a Croácia tomou conta do País e aumentou a certeza sobre a conquista do
hexacampeonato mundial no próximo dia 13 de julho, mas uma análise detalhada do
que foi visto no Itaquerão pode jogar um balde de água fria nos ânimos da
torcida.
Se os rivais prestaram bastante atenção no
comportamento brasileiro, notaram que duas peças defensivas têm apresentado
falhas preocupantes, não somente contra a Croácia, mas também nos amistosos
contra a Sérvia e contra o fraco Panamá.
A primeira delas é Daniel Alves. O camisa 2 da
seleção teve uma atuação abaixo da crítica no Itaquerão. Não apoiou como de
costume e, para piorar, deixou espaços preocupantes às suas costas, tendo
participação direta no gol contra marcado por Marcelo.
O lateral-esquerdo, aliás, é outra fonte de
preocupação para Luiz Felipe Scolari e para o torcedor brasileiro. O gol contra
marcado contra os croatas é apenas a ponta do iceberg que ronda o camisa 6 do
Brasil.
Marcelo vem sofrendo oscilações na seleção e no
Real Madrid há muito tempo, e o gol marcado na final da Champions League contra
o Atlético de Madrid apenas disfarçou seu mau rendimento na temporada.
Os treinos na Granja Comary antes do começo da Copa
já haviam evidenciado o principal problema da seleção. Felipão tentou a todo
custo arrumar um meio de corrigir os buracos nas costas de seus laterais, até
agora intocáveis, mas não conseguiu.
Se Daniel Alves e Marcelo repetirem o nível de
atuação mostrado contra a Croácia, o México tem tudo para tirar proveito na
terça-feira (17). Mais para a frente, diante
da Holanda, de Arjen Robben, que pode voltar a cruzar o caminho brasileiro,
o pesadelo pode ser ainda maior.
Maicon e Maxwell, reservas imediatos das laterais,
estão de sobreaviso e, em teoria, saneariam os problemas defensivos de Felipão.
Para isso, no entanto, terão que desbancar dois queridinhos do treinador, que
não costuma mexer na estrutura do time de um jogo para o outro.
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