Passados cinco dias da divulgação oficial do resultado da eleição
presidencial, na qual com a pequena diferença de 3,28%, equivalente a 3,4 milhões do votos, menor diferença de votos em um segundo turno desde a redemocratização, mas que garantiu a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o PSDB decidiu pedir oficialmente uma investigação da
apuração dos votos protocolando nesta quinta-feira (30) no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) pedido de auditoria especial para verificar o resultado das
eleições.
Na petição, assinada pelo coordenador jurídico do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), o partido justifica que há "uma somatória de denúncias e desconfianças por parte da população brasileira" motivada pela decisão do tribunal de só divulgar o resultado da eleição presidencial após a votação no Estado do Acre
Em nota oficial, o partido informa acreditar na segurança da urna e no processo eleitoral, mas nas entrelinhas deixa claro que vê com desconfiança a lisura do processo de totalização dos votos das urnas.
“Temos absoluta confiança de que o Tribunal Superior Eleitoral – TSE cumpriu seu papel, garantindo a segurança do processo eleitoral. Todavia, com a introdução do voto eletrônico, as formas de fiscalização, auditagem dos sistemas de captação dos votos e de totalização têm se mostrado ineficientes para tranquilizar os eleitores quanto a não intervenção de terceiros nos sistemas informatizados.
Diante deste quadro de desconfiança por parte considerável da população brasileira, o Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB decidiu apresentar ao TSE, no dia de hoje (30/10), um pedido de auditoria especial''.
Os tucanos querem uma comissão especial “formada por pessoas indicadas pelos partidos políticos, objetivando a fiscalização dos sistemas de todo o processo eleitoral, iniciando-se com a captação do sufrágio, até a final conclusão da totalização dos votos''.
O TSE ainda não se manifestou a respeito da solicitação.
Nesta quinta, duas faixas foram fixadas pela manhã na Praça dos Três Poderes, na frente do Palácio do Planalto, com as inscrições “Impeachment'' e “Fraude eleitoral''.
Faixa em frente ao palácio do Planalto pede o impeachment de Dilma |
O movimento ‘Fora, Dilma!’ iniciado nas
redes sociais promete infernizar a vida da presidente Dilma e do presidente do
Tribunal Superior Eleitoral, ministro José Antonio Dias Toffoli.
O grupo, ainda não identificado, fixou
duas faixas na manhã desta quinta-feira em frente ao Palácio do Planalto,
pedindo o impeachment da presidente. Promete também levá-las para a frente do
TSE.
Os eleitores insatisfeitos com o
resultado da eleição ainda questionam, em fóruns nas redes ainda não
divulgados, o perfil do ministro presidente do TSE. Ele foi advogado do PT e
indicado por Lula para o STF. E este ano não fez o tradicional teste de
segurança das urnas.
POLÊMICA DOS BUs
Desde domingo à noite, pipocam na
internet cópias de Boletins de Urnas (BU) nos quais a presidente Dilma aparece
com supostos votos computados antes das 7h. Mas nenhum dos BUs têm registro de
horário de impressão para comprovar a suposta fraude.
Os Boletins de Urnas são impressos por
mesários nas seções, por regra, após às 17h, findo o horário do pleito, e são
afixados nas portas das mesmas. Antes da eleição, campanha de ONG nas redes
sociais alertou os eleitores para tirarem fotos dos boletins.
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