Nunca se viu tanta campanha presidencial do PSDB no Maranhão. Nas três últimas disputas, os tucanos ficaram tímidos, sem coragem de empunhar bandeiras.
Dilma X Aécio - disputa está indefinida |
2014 está muito diferente. As ruas de São Luís estão tomadas pela campanha de Aécio Neves (PSDB), mas a ofensiva começou em Imperatriz, puxada pelo prefeito Sebastião Madeira.
A onda tucana é organizada pelos principais aliados do governador eleito Flávio Dino (PCdoB).
Estão à frente da campanha de Aécio Neves o vice-governador eleito Carlos Brandão, o deputado federal eleito João Castelo, o deputado estadual reeleito Neto Evangelista e outros.
Os tucanos mais engajados, mesmo estando fora do PSDB, são o senador eleito Roberto Rocha (PSB) e o ex-governador e deputado federal eleito José Reinaldo Tavares (PSB).
O PSDB, principal base do governador Flávio Dino (PCdoB), montou uma tropa de choque para derrotar Dilma (PT).
A opção por Aécio revela o traço conservador e retrógrado dos tucanos maranhenses.
Trata-se de uma corporação política que odeia a pobreza, torce o nariz para o Bolsa Família, detesta a inclusão social, defende as privatizações e repudia o diálogo com os movimentos sociais.
Essa gente é nociva ao projeto de mudança prometido por Flávio Dino. Na verdade, são adversários do projeto de um Maranhão mais justo e democrático.
É impossível imaginar Roberto Rocha e João Castelo, por exemplo, engajados na causa do combate à pobreza.
Fica difícil acreditar que o vice-governador Carlos Brandão seja simpático à melhoria da qualidade do ensino público e a uma justa remuneração dos professores.
Chega a ser absurdo pensar que o ex-governador José Reinaldo venha a ser um revolucionário defensor dos pobres e oprimidos.
Ou que o tucano-socialista Ribamar Alves esteja preocupado com as crianças famintas do Maranhão.
Formados na escola de FHC, com pós-graduação na universidade José Serra, essa tropa tucana do Maranhão é o avesso da justiça e o oposto da democracia.
São mesmo a cara de Aécio Neves, representante do agronegócio, das privatizações e da repulsa aos programas de inclusão social dos pobres.
Flávio Dino está muito mal acompanhado. Precisa agir com mão de ferro para impor, no seu governo, as marcas do campo democrático-popular e fazer valer o sentimento de mudança que o elegeu.
Os tucanos de Aécio Neves ajudaram a ganhar, mas não devem ser os principais a governar.
As preferências, ideias e projetos deles estão na contramão da mudança que alimentou os sonhos de milhões de maranhenses.
Além de tudo, nunca é demais lembrar: a maioria dos tucanos hoje dinistas ajudaram a manter a oligarquia que destruiu o Maranhão.
Foram bons para Sarney e prometem ser melhores com Aécio.
Fonte: Blogue do Ed Wilson
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