Högel já é considerado o maior assassino em série da história contemporânea |
Depois de anos de investigação, as autoridades alemãs chegaram à conclusão de que o enfermeiro alemão, Niels Hoegel, 40 anos, matou pelo menos 84 pacientes. "Ultrapassa tudo o que poderíamos imaginar", insistiu o chefe da Polícia de Oldenburgo (norte), Johann Kühme. Em tribunal, o enfermeiro admitiu ter injetado os pacientes com uma substância que pode causar insuficiência cardíaca ou falhas na circulação, com o objetivo de os reanimar em seguida e, assim, fazer-se passar por um herói entre os seus colegas de trabalho.
Não tinha "preferências" de idade, ou sexo, mas "optava pelos pacientes que se encontravam em estado crítico", indicou Schmidt.
Niels Hoegel está preso desde 2015, quando foi apontado como o causador da morte de dois pacientes por overdose de medicamentos para o coração. Além desses seis casos, os investigadores indicaram que descobriram outros 48, elevando para 90 (contando outros determinados anteriormente) o total de mortes imputadas a Högel. A polícia vai agora investigar os antigos funcionários das clínicas onde Hoegel trabalhou. "Quem sabe quantos crimes podem ser ainda identificados", disse o procurador, citado pela agência noticiosa AFP.
O caso surgiu em 2005, quando foi surpreendido por um colega quando se preparava para dar uma injeção não prescrita a um paciente numa clínica em Delmenhorst, o que o levou a uma primeira condenação por tentativa de homicídio em 2008.
O chefe de polícia da cidade de Oldenburg, acrescentou que muitas das mortes poderiam ter sido evitadas se autoridades do setor de saúde tivessem agido mais cedo ao saber das suspeitas, disse Johann Kuehme.
Os crimes vieram à tona após a condenação. As autoridades investigam centenas de mortes, com exumação de corpos de antigos pacientes do hospital.
Fonte: Associated Press.
Nenhum comentário:
Postar um comentário