segunda-feira, 30 de outubro de 2017

POLÍCIA CIVIL E PF PRENDEM INTEGRANTES DA MÁFIA DOS CONCURSOS NO DF E GOIÁS

A Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (DECO) da Polícia Civil do DF realizou na manhã desta segunda-feira (30), à segunda etapa da Operação Panoptes, que desarticula a chamada “Màfia dos Concursos” no Distrito Federal. Na ampliação das investigações, os policiais civis cumpriram 5 prisões preventivas e 3 temporárias, 15 mandados de busca e apreensão e 8 de condução coercitiva. 


Os investigados são integrantes da organização criminosa que, segundo a PCDF, é liderada por Hélio Ortiz, velho conhecido no país pelo envolvimento em diversos tipos de fraudes para garantir a venda de vagas em concursos públicos. Várias seleções realizadas no DF nos últimos cinco anos estão sob suspeição, além de vestibulares para medicina. 

Entre os alvos das prisões preventivas desta segunda etapa, estão aliciadores de candidatos e um ex-funcionário do Cebraspe (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos), o antigo Cespe, responsável pela realização de vários concursos. Ele foi demitido justamente porque surgiram indícios de que ajudou candidatos, em troca de pagamentos. A investigação indica que ele fazia a troca das folhas de resposta dentro do Cebraspe. Ele preenchia o documento com o gabarito correto e digitalizava as respostas para favorecer candidatos que compravam a aprovação.

A polícia explicou que o grupo atuava abordando concurseiros em portas de locais de provas ou em cursinhos preparatórios. As fraudes ocorriam de várias formas, com o uso de pontos eletrônicos e também com alteração do próprio gabarito.

As vagas chegavam a custar 20 vezes o valor do salário do cargo que constava no edital. De acordo com a polícia, mais de 100 pessoas já foram identificadas nessa fraude e ingressaram no serviço público. Elas podem perder os cargos e responder por diversos crimes.

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