segunda-feira, 20 de março de 2017

A HISTÓRIA DO COROADINHO E AS NOVAS CONSTRUÇÕES

Considerado um dos maiores e mais populosos bairros de São Luís, e segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2011 a 4ª maior favelas do Brasil e maior de todo Norte-Nordeste, o Coroadinho vai aos poucos perdendo suas referências históricas. 

Ocupação surgida em meados do ano de 1977, portanto, há 40 anos, uma batalha judicial foi travada entre o suposto proprietário da área e uma moradora da comunidade, ora representando todos os ocupantes. 

A disputa judicial pela posse da área se arrasta até o ano de 1984, quando a justiça confirma que a documentação apresentada pelo suposto proprietário não tinha nenhum valor legal, e dá ganho de causa aos já moradores da área. 

Na Avenida Amália Saldanha, duas construções estão sendo edificadas; uma próximo à feira do bairro, a outra no terreno onde funcionou o extinto clube "Simplesmente Maria". Ambas as construções, fazem parte da história do bairro.

A casa que um dia existiu no terreno próxima à feira, antigo número 11 na Avenida Amália Saldanha, ficou apenas na memoria de poucos, até onde se sabe será construído no local salas comerciais. O terreno foi a causa do processo que envolveu a disputa judicial pela área do Coroadinho, conforme já mencionado aqui no blog: História da fundação do Coroadinho.

O clube "Simplesmente Maria", onde será instalado um supermercado, foi durante muito tempo, porque não dizer por longos carnavais um dos locais mais disputados principalmente pelos ávidos regueiros que buscavam o alto som dos grandes paredões para curtirem as melhores pedras do momento, sem falar nos outros ritmos, mas as pedram, essas é que dominavam o espaço.

Confusões, também marcaram a história do "Simplesmente Maria", badernas, cenas de violência e mortes fizeram parte de sua trajetória e foi também o motivo do fechamento de seus portões.

Fica aqui nosso registro, pois, nossas lembranças e histórias vão sucumbindo a toda velocidade.

Nota: Segundo definição do IBGE, favela são aglomerados subnormais, nome técnico dado para designar locais como invasões e comunidades com, no mínimo, 51 domicílios. 

Além do mínimo de moradias, outro critério-chave para classificar essas áreas como aglomerados subnormais é carência: com origem em ocupações de locais públicos ou particulares, a maioria sofre a falta ou a inadequação de serviços públicos de qualidade, além de, em geral, estarem dispostas densa e desordenadamente.








*Foto: Werberth Luis

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