quinta-feira, 16 de março de 2017

TURQUIA ADVERTE SOBRE POSSIBILIDADE DE NOVA "GUERRA RELIGIOSA" NA EUROPA

Presidente da Turquia, Taryyp Recep Erdogan, advertiu sobre a possibilidade de nova guerra
religiosa na Europa
Foto: Presidência da Turquia/Divulgação
Em meio ao conflito diplomático aberto entre a Turquia,a Alemanha e a Holanda, o ministro de Relações Exteriores turco, Mevlüt Cavusoglu, advertiu hoje (16) sobre a possibilidade de "guerra religiosa" na Europa. Segundo a agência estatal de notícias turca Anadolu, ao mesmo tempo, o presidente turco, Recep Erdogan, voltou a denunciar vez um "novo nazismo" e acusou a Europa de voltar "aos dias anteriores à segunda guerra mundial". As informações são da DPA.

Falando para seguidores na cidade de Sakaria, no oeste do país, Erdogan criticou a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia segundo a qual as empresas podem proibir, em determinadas circunstâncias, que suas empregadas usem o véu islâmico.

“Entre a cruz e a meia lua”

"Meus queridos irmãos, começou uma batalha entre a cruz e a meia lua (símbolo do Islã). Não pode haver outra explicação", disse Erdogan. Além disso, ele acusou a Holanda pelo massacre de Srebrenica, na Bósnia. "Sua democracia é uma vergonha", disse o presidente turco. El e ressaltou que a Holanda "pagará" por proibir seus ministros de realizar atos em território holandês.

"Ei, Rutte, teu partido venceu as eleições, mas deves saber que perdeste um amigo como a Turquia", afirmou Erdogan, em referência à vitória do primeiro-ministro holandês Mark Rutte nas eleições ontem. O chefe de governo da Holanda já havia rechaçado as acusações turcas, que qualificou de inaceitáveis e de uma "deplorável falsificação da história".

Inaceitáveis

Do mesmo modo, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente da França, François Hollande, rechaçaram hoje as acusações lançadas por membros do governo turco contra ambos os países. Merkel e Hollande mantiveram uma conversa telefônica em que concordaram que "as comparações com o nazismo e outras declarações contra a Alemanha e outros Estados são inaceitáveis", comunicou Steffen Seibero, porta-voz da chanceler alemã.

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