Procurador-geral da República Rodrigo Janot |
Além de cinco ministros do governo Michel Temer e
parlamentares importantes da Câmara e do Senado, como os presidentes das Casas, Rodrigo
Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), o procurador-geral
da República Rodrigo Janot entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de
abertura de inquérito contra pelo menos cinco governadores e mais um
ministro de Temer a partir das 77 delações premiadas dos executivos do Grupo
Odebrecht. Os depoimentos dos delatores e a lista enviada por Janot seguem em
sigilo no STF.
Segundo o Jornal Nacional veiculou na noite desta
quarta-feira, Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro, Fernando Pimentel
(PT), de Minas Gerais, Beto Richa (PSDB), do Paraná, Tião Viana (PT), do Acre,
e Renan Filho (PMDB), de Alagoas, estão na “lista de Janot”.
O ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira (PRB),
também está entre os políticos contra quem o procurador-geral pretende abrir
inquérito, de acordo com a reportagem.
O jornal divulgou os nomes de mais nove parlamentares que
Janot que investigar: os senadores Marta Suplicy (PMDB-SP), Lindbergh Farias
(PT-RJ), Jorge Viana (PT-AC) e Lídice da Mata (PSB-BA); e os deputados federais
Marco Maia (PT-RS), Andrés Sanchez (PT-SP), Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), José
Carlos Aleluia (DEM-BA) e Paes Landim (PTB-PI).
De acordo com o Jornal Nacional, Rodrigo Janot entregou
ao STF nomes de mais sete políticos sem foro privilegiado e que, por isso,
terão os casos analisados por instâncias inferiores na Justiça: o ex-ministro
Geddel Vieira Lima (PMDB), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral
(PMDB), preso em Bangu 8 desde novembro, o ex-deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba desde outubro, o prefeito de Ribeirão
Preto, Duarte Nogueira (PSDB), o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), o
presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo
Skaf (PMDB), e o ex-assessor da ex-presidente Dilma Rousseff Anderson
Dornelles.
Os nomes são citados nas 320 peças encaminhadas por Rodrigo
Janot ao STF na última terça-feira. Dessas, 83 são pedidos de abertura de
inquérito, 211 declínios de competência, 7 arquivamentos e 19 outras
providências, que podem ser mandados de prisão, busca e apreensão, colheita de
novos depoimentos, quebra de sigilo, bloqueio de bens, entre outras
diligências.
O relator da Operação Lava Jato no Supremo, ministro Edson
Fachin, deve decidir nos próximos dias se instaura ou não as investigações.
Devido a procedimentos burocráticos, as petições devem demorar pelo menos três
dias para chegar às mãos de Fachin.
Veja abaixo os 38 nomes já conhecidos da “lista de Janot”
entregue ao STF:
Governadores:
Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro;
Fernando Pimentel (PT), de Minas Gerais;
Beto Richa (PSDB), do Paraná;
Tião Viana (PT), do Acre;
Renan Filho (PMDB), de Alagoas.
Ministros do governo Temer:
Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil;
Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência;
Gilberto Kassab (PSD), das Comunicações;
Bruno Araújo (PSDB), das Cidades;
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações Exteriores;
Marcos Pereira (PRB), da Indústria e Comércio.
Senadores:
Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado;
Romero Jucá (PMDB-RR);
Renan Calheiros (PMDB-AL);
Edison Lobão (PMDB-MA);
Marta Suplicy (PMDB-SP);
Aécio Neves (PSDB-MG);
José Serra (PSDB-SP);
Lindbergh Farias (PT-RJ);
Jorge Viana (PT-AC);
Lídice da Mata (PSB-BA).
Deputados federais:
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara;
Marco Maia (PT-RS);
Andrés Sanchez (PT-SP);
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA);
José Carlos Aleluia (DEM-BA);
Paes Landim (PTB-PI).
Políticos sem foro privilegiado:
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente;
Dilma Rousseff (PT), ex-presidente;
Antonio Palocci (PT), ex-ministro da Fazenda e da Casa
Civil;
Guido Mantega (PT), ex-ministro da Fazenda;
Geddel Vieira Lima (PMDB), ex-ministro da Secretaria de
Governo;
Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro;
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-deputado federal;
Duarte Nogueira (PSDB), prefeito de Ribeirão Preto (SP);
Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP);
Paulo Skaf (PMDB), presidente da Fiesp;
Anderson Dornelles, ex-assessor de Dilma Rousseff.
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