Manifestantes se reuniram em São Luís (MA) para protestar contra a Reforma da Previdência (Foto: Mano Costa/TV Mirante) |
Desde o início da manhã desta quarta-feira (15), trabalhadores de diversas categorias sindicais, integrantes de movimentos sociais e estudantes realizam ato pelo Dia Nacional de Luta Contra as Reformas da Previdência e Trabalhista proposta pelo governo do presidente Michel Temer em cidades de todo o país. Em São Paulo, a maior parte dos ônibus não circulou, e aqueles que saíram às ruas ficaram lotados.
Já o metrô deve ficar paralisado durante todo o dia, com exceção da linha 4, que é administrada pela iniciativa privada, e de alguns trechos dos outros ramais. Além disso, metalúrgicos bloquearam a rodovia Presidente Dutra nos arredores de Guarulhos, Taubaté e São José dos Campos.
Já no Rio de Janeiro, a greve deve atingiu escolas das redes pública e privada. As manifestações ocorrem em cidades como Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Recife e Porto Alegre, Salvador entre outras. Na capital federal, manifestantes do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam a sede do Ministério da Fazenda.
Em São Luís nem mesmo a forte chuva que caiu desde a madrugada impediu a realização da manifestação que começou por volta das 9h. na Praça Deodoro e em outros pontos da cidade. O protesto organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Maranhão, reuniu cerca de 1.000 pessoas, conforme divulgado pela organização.
No local, os manifestantes gritaram palavras de ordem, realizaram panfletagem sobre o movimento e debatiam sobre as mudanças propostas pelo o governo a cerca da Reforma da Previdência.
Professores das redes de educação pública tambem participaram do manifesto. A categoria é contra a Reforma da Previdência, principalmente porque se a medida for aprovada, os trabalhadores terão dificuldades ao acesso à aposentadoria especial.
Além dos professores, membros de mais seis centrais sindicais participaram do protesto. Entre as entidades participantes, o Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeeducação), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipal do Maranhão (Sinproesemma), o Sindicato dos Agentes Penitenciários que realizou protesto na portaria da Unidade Penitenciária de São Luís 1,e o Sindicato dos Policiais Civis no Maranhão (Sindpol/Ma) .
Representantes do Sindicato do Transporte Público do Maranhão também aderiram à Greve Nacional, realizando operação tartaruga entre as 10h e 11h, além de fazerem panfletagem em avenidas de São Luis.
Entenda
A proposta da Reforma da Previdência fixa idade mínima de 65 para requerer aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos.O governo pretende mexer no cálculo e pressionar o trabalhador a contribuir mais tempo para melhorar o valor a receber. O benefício será calculado com base em 51% de 80% das melhores contribuições mais um ponto percentual a cada ano pago. Para se aposentar com 100% do benefício, será preciso contribuir 49 anos. Apenas militares não serão afetados pelo projeto, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso.
A pensão por morte, que é integral, deve ser reduzida para 50%, mais 10% por dependente, para todos os segurados (INSS e serviço público). A pensão deverá ser desvinculada do reajuste do salário mínimo, que permite ganhos reais. E pensões não poderão mais ser acumuladas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário